Tragédia em Araçatuba: Bebê de nove meses morre com sintomas de intoxicação

Na segunda-feira, 25 de agosto, um bebê de apenas nove meses faleceu em Araçatuba, São Paulo, apresentando sintomas de desidratação e intoxicação. A mãe do menino acusa a Unidade Básica de Saúde (UBS) e o Pronto Socorro Municipal (PSM) de negligência médica no atendimento.

Primeiros atendimentos: mãe leva filho ao PSM e UBS

De acordo com o boletim de ocorrência, a criança começou a passar mal na madrugada do dia 24. A mãe levou o filho ao PSM, onde ele recebeu medicação para febre e vômito, sendo liberado em seguida. No entanto, ao retornar para casa, a situação se agravou, com diarreia constante e tosse persistente. Preocupada, a mãe levou o bebê à UBS do Bairro Morada dos Nobres, informando à médica sobre a desidratação. A profissional, no entanto, não teria examinado a criança e orientou a mãe a apenas hidratar o filho com água, liberando-os sem a devida assistência.

Retorno ao PSM e agravamento do estado de saúde

Ainda no mesmo dia, a mãe voltou ao PSM, pois o quadro clínico da criança não melhorava. Sem a solicitação de exames, o bebê recebeu soro de hidratação e alimentação. Após se alimentar, a criança vomitou e teve diarreia novamente, sendo liberada da unidade. Na segunda-feira, a mãe percebeu que o filho não respondia aos chamados e apresentava sonolência. Desesperada, a levou novamente à UBS, onde foi encaminhada para a emergência. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) transferiu o bebê para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal da Santa Casa, onde a mãe foi informada da morte da criança.

Causa da morte e investigação

A mãe relatou que a causa da morte foi desidratação de terceiro grau, intoxicação e choque hipovolêmico, uma condição grave em que o corpo perde fluidos essenciais. O caso foi registrado como não criminal, e a polícia investiga as circunstâncias que levaram ao óbito.

Posicionamento da Prefeitura de Araçatuba sobre o caso

A Prefeitura de Araçatuba manifestou solidariedade à família e afirmou que, após uma apuração detalhada, todos os procedimentos realizados no PSM e na UBS foram corretos, alegando que a criança inicialmente respondeu ao tratamento. Segundo a administração, a gravidade do caso se manifestou após o terceiro atendimento, quando a criança já estava em casa. A situação continua a ser acompanhada pelas autoridades, e a comunidade aguarda respostas sobre a tragédia que abalou a cidade.

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