Suspeito de Estupro e Assassinato de Menina de 6 Anos em Campo Grande (MS)

Marcos Willian Teixeira Timóteo, de 20 anos, é o principal suspeito do sequestro, estupro e assassinato de Emanuelly Victoria Souza Moura, de apenas 6 anos, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O caso chocou a comunidade local, especialmente ao revelar que Marcos possuía um histórico de abusos sexuais contra outras crianças.

Confronto com a Polícia e Descoberta do Corpo de Emanuelly

Marcos foi morto em um confronto com policiais do Grupo de Operações e Investigações (GOI) da Polícia Civil na quinta-feira, 28 de agosto de 2025. A tragédia teve início quando o corpo de Emanuelly foi encontrado em sua residência, enrolado em uma coberta, com fitas adesivas, em uma banheira de bebê, sob a cama do suspeito.

Histórico de Crimes e Medidas Socioeducativas

De acordo com investigações, Marcos já havia cometido três estupros contra crianças, incluindo uma menina de 1 ano e 4 meses. Em 2019, quando tinha apenas 15 anos, ele foi internado na Unidade Educacional de Internação (Unei) após abusar de uma criança. Apesar de inicialmente ter negado o crime, ele confessou que interrompeu o ato apenas quando a vítima perdeu a consciência. A Justiça determinou que sua pena fosse reavaliada periodicamente, além de exigir tratamento psiquiátrico. Em março de 2020, após um ano de internação, a defesa de Marcos pediu a substituição da medida por uma alternativa mais branda. Embora o Ministério Público tenha se oposto à liberação, o juiz acatou o pedido e o liberou sob liberdade assistida por um período mínimo de seis meses.

Retorno à Criminalidade e Medidas Protetivas

Três meses após sua liberação, em junho de 2020, Marcos voltou a abusar de duas meninas. As denúncias foram feitas ao Conselho Tutelar, e os crimes foram confirmados pela Polícia Civil. Ele permaneceu foragido até a descoberta do corpo de Emanuelly, quando a Justiça decidiu extinguir sua medida socioeducativa, já que ele completaria 21 anos em 2025, idade limite para a aplicação de tais medidas, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Desaparecimento e Trágico Destino de Emanuelly

A família de Emanuelly, residente na Vila Taquarussu, notificou a polícia sobre o desaparecimento da menina. Imagens de câmeras de segurança mostraram a criança caminhando com Marcos pela manhã. Após diligências, a polícia encontrou sua casa vazia, mas com documentos do suspeito. O corpo de Emanuelly foi descoberto em um dos quartos, e a investigação revelou que a criança havia sofrido abusos sexuais antes de sua morte, que, segundo a delegada Anne Karine Trevizan, foi causada por esganadura. A tragédia levanta questões urgentes sobre a proteção de crianças em situação de vulnerabilidade e a eficácia das medidas socioeducativas em casos de crimes sexuais.