Queima de fogos: uma estratégia de intimidação entre facções no Ceará
Na noite de terça-feira, 16 de setembro de 2025, mais de 50 suspeitos de ligação com facções criminosas foram detidos em diversas operações policiais no Ceará. O governador Elmano de Freitas confirmou as prisões e destacou a necessidade de ações enérgicas contra a criminalidade no estado. Este evento marca o segundo dia consecutivo de operações após uma série de queimas de fogos, que têm sido utilizadas como uma tática de intimidação entre grupos rivais.
Operações em diferentes municípios cearenses resultam em várias prisões
As prisões ocorreram em municípios como Fortaleza, Maracanaú e Quixadá. Além dos 50 detidos, a polícia apreendeu celulares e dezenas de fogos de artifício. No dia anterior, 15 de setembro, 19 pessoas já haviam sido capturadas por envolvimento em queimas de fogos massivas. O governador usou suas redes sociais para afirmar que a polícia não medirá esforços para manter a ordem e a paz na população cearense.
Motivação por trás das queimas de fogos: disputa territorial entre facções
As queimas de fogos, que começaram na noite de segunda-feira, 15 de setembro, foram supostamente organizadas para comemorar a expansão de território de uma facção criminosa de origem carioca, enquanto uma facção rival retaliou com uma nova queima de fogos. O uso de fogos é visto como uma forma de celebração e um sinal de força, visando intimidar adversários.
Detalhes das prisões e apreensões em Fortaleza
As operações policiais em Fortaleza resultaram em várias prisões em bairros como Autran Nunes, Parque Santa Maria e Paupina. Os agentes apreenderam armas, munições e fogos de artifício que estavam sendo utilizados nas celebrações de facções. Entre os detidos, 14 indivíduos foram autuados por organização criminosa, e as investigações estão a cargo do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). Nos bairros Autran Nunes e Parque Santa Maria, foram detidos homens com antecedentes criminais e fogos de artifício em suas posses. A polícia está investigando a participação de adolescentes apreendidos durante as operações.
Respostas da população e da polícia às queimas de fogos
Os disparos de fogos de artifício foram ouvidos em vários bairros da capital, como São João do Tauape e Aldeota, e também em cidades vizinhas, como Maranguape e Caucaia. A população relatou insegurança e preocupação com a escalada de violência. O governo do Ceará respondeu reforçando o policiamento nas áreas afetadas e prometendo ações rigorosas contra a criminalidade. As operações da polícia e as detenções de membros de facções demonstram o compromisso do estado em restaurar a ordem e proteger a população cearense das ameaças impostas por grupos criminosos.