PCC e Estratégias de Bancarização em São Paulo: Operação Carbono Oculto

PCC e novas estratégias de bancarização em São Paulo em 2025

A superintendente da Receita Federal em São Paulo, Marcia Meng, revelou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 28 de agosto de 2025, que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) tem utilizado novas estratégias para bancarizar dinheiro do crime organizado no Brasil, aproveitando brechas na regulação das fintechs.

Operação Carbono Oculto revela crimes financeiros do PCC em SP

A operação Carbono Oculto, que envolve uma força-tarefa de diversos órgãos federais e estaduais, desvendou como o PCC tem conseguido inserir recursos ilícitos no sistema financeiro formal. Segundo Meng, ao contrário dos bancos tradicionais, as fintechs não são obrigadas a prestar contas sobre a origem dos recursos que movimentam. “O crime organizado está presente em todos os elos da cadeia produtiva de combustíveis. Essa bancarização é um risco significativo para a sociedade”, destacou.

Regulamentação das fintechs e a luta contra o crime em São Paulo

O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, ressaltou a urgência de discutir a regulamentação das fintechs. Ele explicou que, atualmente, as fintechs operam sem as mesmas obrigações de transparência que os bancos, permitindo a criação de contas em nome da fintech, sem identificar os reais donos do dinheiro.

Impactos financeiros do PCC no setor de combustíveis em 2025

A Receita Federal identificou pelo menos 40 fundos de investimento, controlados pelo PCC, que movimentaram cerca de R$ 30 bilhões. Esses fundos foram usados para financiar a aquisição de bens, incluindo caminhões e imóveis. A operação revelou que entre 2020 e 2024, os postos de combustíveis envolvidos movimentaram mais de R$ 52 bilhões, com uma sonegação estimada em R$ 7,6 bilhões.

Megaoperação Carbono Oculto: combate ao PCC em oito estados brasileiros

A megaoperação Carbono Oculto, que mobiliza cerca de 1.400 agentes em oito estados, visa desarticular um esquema criminal complexo que afeta toda a cadeia produtiva de combustíveis no Brasil. As autoridades estão alertas para a necessidade de uma ação integrada entre diferentes órgãos para combater o avanço do PCC no setor financeiro e econômico.

As investigações revelam a gravidade do problema e a urgência de medidas eficazes para evitar que o crime organizado continue a se infiltrar na economia formal, colocando em risco não apenas o sistema financeiro, mas toda a sociedade.

Redação Radar do Dia

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