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Operação Carbono Oculto: Combate ao Crime Organizado no Brasil

Operação Carbono Oculto: Um golpe no crime organizado que afeta a economia brasileira

Na manhã de quinta-feira, 28 de agosto de 2025, uma grande operação coordenada pela Receita Federal, Ministério Público e forças policiais resultou em uma das maiores ações contra o crime organizado no Brasil. A Operação Carbono Oculto visou desmantelar o esquema criminoso de facções, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que se infiltraram em diversos setores da economia, incluindo o setor de combustíveis.

Mais de mil agentes mobilizados em oito estados

Logo ao amanhecer, mais de 1,4 mil agentes de segurança pública iniciaram a operação em oito estados, cumprindo 348 mandados de busca e apreensão. A força-tarefa incluiu membros de várias instituições, como a Polícia Federal, policiais civis e militares, além de representantes do Ministério Público e da Agência Nacional do Petróleo. O ponto de partida foi o prédio da ROTA, na capital paulista, onde os agentes se reuniram para coordenar as ações.

R$ 50 bilhões em movimentações fraudulentas

“Estamos diante da maior ação do poder público brasileiro contra o pilar financeiro do crime organizado. Estimamos que mais de R$ 50 bilhões tenham sido movimentados por esses grupos”, destacou Robinson Sakiyama Barreirinhas, secretário Especial da Receita Federal. A operação não só buscou combater fraudes financeiras, mas também desmantelar a complexa rede de cooperação entre os órgãos de Estado.

Prisão de líderes e desmantelamento de fraudes

Durante a operação, a Polícia Federal também conduziu outras ações simultâneas, como a Operação Quasar, com 12 mandados, e a Operação Tank, com 42 mandados em estados como Paraná e São Paulo. Seis indivíduos foram presos, enquanto oito permanecem foragidos. Entre os foragidos, destacam-se Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “João”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, considerados líderes do esquema.

PCC infiltrado em centros financeiros

As investigações revelaram que o PCC não apenas operava nas ruas, mas também se infiltrou em um dos principais centros financeiros do Brasil, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. Documentos e equipamentos foram apreendidos em empresas e fintechs da região, indicando que o grupo utilizava essas entidades para ocultar a origem e o destino de grandes quantias de dinheiro.

Crimes investigados: adulteração e lavagem de dinheiro

Os crimes em investigação incluem adulteração de combustíveis, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. A operação é um marco no combate às fraudes e à lavagem de dinheiro que prejudicam a economia nacional, mostrando a necessidade de uma resposta contundente do Estado frente ao crime organizado. Com a Operação Carbono Oculto, o Brasil dá um passo significativo em direção à desarticulação de facções criminosas que ameaçam a integridade de setores essenciais da economia. A luta contra o crime organizado continua, e a colaboração entre diferentes órgãos é fundamental para garantir a segurança e a justiça no país.

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