Nova Medida da Receita Federal Combate Crime Organizado em SP
Nova Medida da Receita Federal Visa Reforçar Combate ao Crime Organizado em São Paulo
Em resposta a uma operação de grande escala que desmantelou negócios financeiros irregulares ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), a Receita Federal anunciou uma nova norma que equipara as fintechs ao tratamento regulatório reservado para os bancos. A medida, que será publicada em breve, surge após a identificação de 40 fundos de investimento controlados pela facção criminosa, totalizando R$ 30 bilhões.
O Papel das Fintechs na Lavagem de Dinheiro
As fintechs, empresas que utilizam tecnologia para simplificar serviços financeiros, têm sido cada vez mais utilizadas para operações de lavagem de dinheiro, especialmente devido a uma lacuna regulatória que as isenta das mesmas obrigações de transparência exigidas dos bancos tradicionais. A Receita Federal destacou que essa nova norma tem como objetivo claro o combate a esse tipo de crime, exigindo que essas instituições se submetam às mesmas regras que vigoram há mais de duas décadas para o setor financeiro.
Detalhes da Nova Norma da Receita Federal
A nova regulamentação incluirá diretrizes específicas, como: – A reafirmação do compromisso em combater o crime organizado; – A imposição das mesmas obrigações de compliance que os bancos devem seguir; – A referência à Lei do Sistema de Pagamentos Brasileiro, para assegurar que não há novas taxas sobre transações como o Pix, desmistificando rumores que circularam no início do ano.
Operação Policial: Um Golpe Contra o PCC
A megaoperação, realizada na manhã de 28 de agosto de 2025, foi uma colaboração entre o Ministério Público Federal, o Ministério Público de São Paulo e as polícias federal, civil e militar. Considerada a maior ação do Brasil contra o crime organizado, a operação visou desmantelar um sofisticado esquema bilionário no setor de combustíveis, liderado pelo PCC. As irregularidades foram detectadas em diversas fases da produção e distribuição de combustíveis, afetando não apenas os consumidores, mas toda a cadeia econômica do setor.
Alvos da Megaoperação e Estruturas de Ocultação de Patrimônio
Durante as investigações, diversas empresas foram identificadas como alvos principais da operação, incluindo: – **Grupo Aster/Copape:** Controladores de usinas e uma rede de postos de combustíveis; – **BK Bank:** Fintech utilizada para movimentação de recursos através de contas não rastreáveis; – **Reag:** Fundo de investimento que servia para aquisição de empresas e proteção de bens dos envolvidos. A nova regulamentação da Receita Federal e a recente operação policial destacam a crescente preocupação das autoridades em desmantelar estruturas financeiras que sustentam o crime organizado em São Paulo e em todo o Brasil.
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