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Megaoperação em São Paulo Combate PCC e Regula Fintechs

Megaoperação em São Paulo Desmantela Esquema do PCC no Setor Financeiro

A Receita Federal do Brasil anunciou uma nova norma que dará às fintechs o mesmo tratamento regulatório que os bancos tradicionais. Essa decisão surge após uma megaoperação realizada na manhã de quinta-feira, 28 de agosto de 2025, que visou grupos financeiros irregulares associados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo.

Operação Revela Esquema Bilionário do PCC em São Paulo

A operação identificou 40 fundos de investimento, totalizando R$ 30 bilhões, controlados pelo PCC. Os investigadores descobriram que essas operações estavam sendo realizadas no mercado financeiro da Avenida Faria Lima, um dos principais centros financeiros do Brasil. Entre os alvos, destaca-se a fintech BK Bank, que tem sido utilizada para movimentar dinheiro por meio de contas não rastreáveis.

Nova Regra da Receita Federal: O que Muda para as Fintechs?

A nova regulamentação da Receita Federal visa, entre outros pontos, deixar claro o objetivo de combater a criminalidade financeira. As fintechs passarão a estar sujeitas às mesmas obrigações de transparência e fornecimento de informações que as instituições financeiras tradicionais, conforme já previsto na Lei do Sistema de Pagamentos Brasileiro.

Essa medida pretende dissipar rumores de que o governo estaria planejando taxar o Pix, um boato que surgiu no início do ano e que atrasou a regulação do setor. “As fintechs têm sido utilizadas para lavagem de dinheiro nas principais operações contra o crime organizado, devido a um vácuo regulamentar”, afirmou a Receita em comunicado oficial.

Colaboração entre Agências para Combater o Crime Organizado

A megaoperação que resultou na nova norma foi uma ação coordenada entre o Ministério Público Federal, o Ministério Público de São Paulo, e as polícias Federal, Civil e Militar. Essa operação é considerada a maior já realizada no Brasil contra o crime organizado, tendo como foco desarticular um esquema bilionário no setor de combustíveis, liderado pelo PCC.

As irregularidades foram detectadas em várias etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis, impactando não apenas consumidores, mas toda a cadeia econômica relacionada. Durante as investigações, foram identificados os fundos de investimento usados pela facção para ocultar patrimônio.

Principais Alvos da Operação

Entre as empresas alvos da operação, destacam-se:

  • Grupo Aster/Copape: Proprietários de usinas e redes de postos de combustíveis.
  • BK Bank: Fintech financeira envolvida em movimentações de dinheiro ilícitas.
  • Reag: Fundo de investimento utilizado para aquisição de empresas e proteção de patrimônio.

Essa nova abordagem da Receita Federal promete fortalecer o combate ao crime organizado e a lavagem de dinheiro, aumentando a responsabilidade das fintechs no sistema financeiro brasileiro.

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