Megaoperação da PF: Reag Investimentos e o Impacto no Setor Financeiro
Megaoperação da PF em São Paulo revela esquema bilionário de combustíveis
A megaoperação deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira, 28 de agosto de 2025, trouxe à tona um esquema criminoso bilionário que envolve o setor de combustíveis e fundos de investimento. Um dos principais alvos da ação foi a Reag Investimentos, gestora e administradora independente com sede em São Paulo (SP), responsável pela custódia de ativos de terceiros.
Reag Investimentos sob investigação: impacto no mercado financeiro brasileiro
As operações da PF incluíram mandados de busca e apreensão contra a Reag, o que gerou um clima de incerteza no mercado financeiro. Os investigadores, com acesso aos servidores da empresa, podem desvendar nomes de pessoas e instituições que mantinham recursos sob a custódia da gestora. O receio se intensifica, uma vez que alguns empresários ou instituições, possivelmente envolvidos em escândalos financeiros recentes, podem ter utilizado os serviços da administradora.
Queda de 22,87% nas ações da Reag após operação da Polícia Federal
Fundada em 2013, a Reag Investimentos se destaca como uma das maiores gestoras independentes do Brasil, com R$ 299 bilhões sob gestão, abrangendo pessoas físicas, empresas e investidores institucionais. No entanto, após a deflagração da operação, suas ações, listadas na B3 com o ticker REAG3, despencaram 22,87%, refletindo a reação imediata dos investidores à situação.
PCC e fundos de investimento: revelações preocupantes em São Paulo
De acordo com a Receita Federal, já foram identificados pelo menos 40 fundos de investimento, entre multimercado e imobiliários, que possuem um patrimônio total de R$ 30 bilhões sob o controle do Primeiro Comando da Capital (PCC). Essa revelação acende um alerta sobre a extensão das implicações da investigação.
Histórico da Reag Investimentos e suas aquisições no setor financeiro
A Reag é controlada pela Reag Capital Holding S/A, que também administra a CiabraSF (ADMF3), outra holding independente que figura na investigação. Segundo um comunicado enviado ao mercado, as companhias estão comprometidas em manter acionistas e investidores informados sobre o desenvolvimento da situação.
João Carlos Mansur, fundador da Reag, tem ampliado a visibilidade da empresa, que ganhou reconhecimento como patrocinadora do Cine Belas Artes, um dos cinemas mais tradicionais de São Paulo. Nos últimos anos, a gestora realizou diversas aquisições, consolidando sua posição no mercado.
Em 2024, a aquisição da Empírica Investimentos, especializada em crédito estruturado e fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs), posicionou a Reag entre as três maiores do setor, gerindo cerca de R$ 25 bilhões.
O ano de 2025 trouxe uma nova fase para a empresa, que, em janeiro, incorporou a plataforma de serviços GetNinjas, utilizando sua estrutura listada na B3 para se transformar em uma holding aberta. Com essa reestruturação, a GetNinjas deixou de operar como uma entidade independente, e suas ações passaram a ser negociadas sob o código REAG3.
A investigação da PF continua a se desenrolar, e o mercado observa atentamente os desdobramentos desse caso que promete impactar profundamente o setor financeiro no Brasil.
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