Megaoperação Carbono Oculto: Fraudes do PCC no Setor de Combustíveis
Megaoperação Carbono Oculto: Fraudes do PCC no Setor de Combustíveis em SP
A megaoperação Carbono Oculto, realizada em 28 de agosto de 2025, mobilizou 1.400 agentes da lei para desmantelar um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro operado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis em São Paulo.
Sonegação Fiscal e Patrimônio Bilionário do PCC em São Paulo
A operação revelou um sistema complexo que envolvia desde a produção até a distribuição de combustíveis, incluindo a adulteração em postos. Os criminosos movimentaram impressionantes R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, principalmente através de fintechs, com uma única instituição sozinha movimentando R$ 46 bilhões em transações não rastreáveis.
Ativos Ilícitos: Lavagem de Dinheiro e Investimentos do PCC em SP
Os investigadores estimam que a sonegação fiscal totalizou R$ 7,6 bilhões em impostos. O patrimônio do PCC gira em torno de R$ 30 bilhões, distribuídos em pelo menos 40 fundos de investimento, muitos dos quais eram utilizados para ocultar bens de maneira sofisticada.
Fraudes em Postos de Combustíveis: Impacto em São Paulo e Saúde Pública
Cerca de 2.500 postos de combustíveis em São Paulo, aproximadamente 30% do total, foram atingidos pela fraude. O Ministério Público identificou mais de 300 estabelecimentos com fraudes diretas. A adulteração de combustíveis chegou a níveis alarmantes, com até 90% de metanol, substância cujo limite máximo permitido pela ANP é de 0,5%.
Consequências Ambientais da Adulteração de Combustíveis em SP
A adulteração não apenas gerou lucros significativos para o PCC, mas também representou sérios riscos à saúde pública e ao meio ambiente. O metanol, altamente inflamável e tóxico, era importado irregularmente e transportado de maneira clandestina, colocando consumidores e veículos em perigo.
Resultados da Megaoperação: Prisões e Alvos do Crime Organizado em SP
A operação identificou 350 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, suspeitas de crimes diversos, incluindo lavagem de dinheiro e fraude fiscal. Foram expedidos 14 mandados de prisão, com seis cumpridos até o momento. Entre os alvos estavam os líderes do esquema, que ainda não foram detidos.
Impacto Econômico: Autuações e Empresas Envolvidas
A Receita Federal autuou estabelecimentos ligados ao esquema em R$ 891 milhões. As principais empresas implicadas incluem o Grupo Aster/Copape e a fintech BK Bank, que facilitou a movimentação de dinheiro por meio de contas não rastreáveis.
A operação Carbono Oculto destaca a complexidade e a gravidade do crime organizado no Brasil, revelando um esquema que prejudica tanto a economia quanto a segurança da população.
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