Megaoperação ‘Carbono Oculto’ Alvo do PCC em Oito Estados Brasileiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a megaoperação “Carbono Oculto” como “a maior resposta do Estado ao crime organizado de nossa história até aqui”. A ação, realizada nesta quinta-feira, 28 de agosto de 2025, teve como alvo um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis, operado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

Ação Abrangente Contra o PCC em Oito Estados

Cerca de 1.400 agentes das polícias estaduais e federal participaram da operação, que ocorreu simultaneamente em São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Mais de 350 pessoas e empresas foram alvos de mandados de prisão e busca e apreensão, revelando a magnitude do esquema.

Sonegando Bilhões: O Impacto do Esquema

As investigações indicam que o grupo sonegou mais de R$ 7,6 bilhões em impostos, com irregularidades na produção e distribuição de combustíveis em todo o Brasil. Em São Paulo, estima-se que cerca de 30% dos postos de combustíveis possam estar envolvidos na adulteração de produtos. Além disso, o PCC controlava 40 fundos de investimento com patrimônio superior a R$ 30 bilhões.

Integração de Forças no Combate ao Crime Organizado

Lula destacou a importância do trabalho integrado iniciado com a criação do Núcleo de Combate ao Crime Organizado no Ministério da Justiça. “Isso permitiu acompanhar toda a cadeia e atingir o núcleo financeiro que sustenta essas práticas”, afirmou o presidente em suas redes sociais.

Ministros Destacam Avanços no Enfrentamento ao Crime

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que a operação chegou “ao andar de cima” do crime organizado. Ele revelou que, nos últimos quatro anos, R$ 52 bilhões em transações de organizações criminosas passaram por “fintechs” ligadas ao crime. Para Haddad, a identificação e sequestro de bens irregulares é fundamental no combate às facções.

Necessidade de Ação Integrada nas Esferas Governamentais

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, enfatizou que a migração de organizações criminosas da ilegalidade para a legalidade requer uma abordagem integrada. “Não basta mais apenas uma operação policial; é necessário o envolvimento de todos os órgãos governamentais, especialmente os da Receita Federal”, declarou.

Novas Iniciativas para Fortalecer a Segurança Pública

O combate ao crime organizado é o foco das principais iniciativas do Ministério da Justiça, que incluem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e um projeto de lei específico contra organizações criminosas. A PEC busca estabelecer diretrizes gerais para ampliar a atuação da Polícia Federal e incluir guardas municipais na lista de órgãos de segurança pública.

Plano Real da Segurança: Aumentando as Penas para Criminosos

O “Plano Real da Segurança”, como é chamado o projeto de lei, pretende alterar dez leis para aumentar as penas para membros de organizações criminosas, facções e milícias, especialmente para os líderes. Com essas ações, o governo busca fortalecer o combate ao crime organizado e garantir a segurança da população.