Mandante de assassinato em Araraquara é condenado após julgamento

Na quarta-feira, 27 de agosto de 2025, o Tribunal do Júri de Araraquara, SP, proferiu uma decisão impactante no caso do assassinato do empresário Jonathan Ruz Barbosa Simão, de 40 anos, ocorrido em julho de 2022. O mandante do crime, Antônio Diógenes de Oliveira Souza, de 39 anos, foi condenado a 21 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado, enquanto o executor, Pedro Henrique Alves Vieira, de 28 anos, foi absolvido.

Defesa do mandante anuncia recurso após condenação

A advogada de Antônio, Miriã Rodrigues, manifestou descontentamento com a decisão e anunciou a intenção de recorrer. “Não concordo com a condenação proferida no julgamento, pois entendo que não houve prova suficiente quanto à autoria dos fatos”, afirmou em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo. O julgamento, que começou na terça-feira, 26 de agosto, se estendeu devido à complexidade do caso, apresentando um placar apertado de 4 a 3 em favor da condenação.

Contexto do crime: dívida de R$ 700 mil motivou assassinato

Jonathan Simão foi assassinado a tiros enquanto conversava com um funcionário em frente à construção de seu estabelecimento, localizado na Avenida Luiz Sotratti, no Jardim Indaiá, em Araraquara. Um homem de capacete disparou cinco vezes contra a vítima, que não sobreviveu. As investigações da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) indicam que o crime foi motivado por uma dívida de R$ 700 mil relacionada à aquisição de barracões.

Prisão do mandante e do executor: desdobramentos do caso

Três meses após o crime, Antônio foi preso em sua residência, no mesmo bairro onde ocorreu o assassinato. O segundo suspeito, que teria ligação com Antônio e trabalhava em um açougue, foi detido posteriormente no Ceará. Ao todo, 11 testemunhas foram convocadas para testemunhar no julgamento, incluindo policiais e familiares da vítima.

Consequências da decisão: liberdade e prisão em jogo

Com a absolvição de Pedro, ele deve ser solto, uma vez que estava preso na Penitenciária de Araraquara. Já Antônio, que aguardava o julgamento em liberdade, enfrentará a expedição de um mandado de prisão após a condenação.

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