Justiça Eleitoral Cassa Prefeito e Vice de José Boiteux por Compra de Votos

Por Redação Radar do Dia. Publicado em 28/08/2025 18:55:43. Última atualização em 28/08/2025 18:55:43.

Justiça Eleitoral Cassa Prefeito e Vice de José Boiteux por Compra de Votos

Decisão Judicial em José Boiteux: Prefeito e Vice Cassados por Compra de Votos

Na última terça-feira, 28 de agosto de 2025, a Justiça Eleitoral em Santa Catarina tomou uma decisão impactante ao cassar os diplomas de Geovani Lunelli e Emerson Genezio Dell Agnollo, respectivamente, prefeito e vice-prefeito de José Boiteux, localizado no Vale do Itajaí. Além deles, uma vereadora suplente também teve seu diploma anulado.

Denúncia de Compra de Votos nas Eleições de 2024

A decisão judicial se baseou em uma denúncia que alegava a prática de compra de votos durante as eleições de 2024. Segundo as investigações, eleitores indígenas teriam recebido cestas básicas em troca de seus votos. Além disso, foi apontado que Lunelli ofereceu R$ 10 mil a uma liderança indígena para obter apoio político.

Recursos e Possibilidade de Novas Eleições em José Boiteux

As defesas de Lunelli e Dell Agnollo já protocolaram recursos contra a decisão. O Ministério Público Eleitoral ressaltou que as cassações só terão efeito após o esgotamento dos recursos judiciais. Assim, se as cassações forem mantidas, novas eleições diretas para prefeito e vice-prefeito de José Boiteux serão convocadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC).

Detalhes da Denúncia e Consequências Legais

De acordo com os autos, o prefeito, que é casado e irmão das sócias de um supermercado local, utilizou o estabelecimento para armazenar e distribuir as cestas básicas. O filho de Lunelli e outros cabos eleitorais foram acusados de visitar aldeias indígenas para efetuar as entregas. A vereadora suplente, que também teve o diploma cassado, é sócia do supermercado envolvido.

O Ministério Público alegou que as ações dos políticos violaram a igualdade entre os candidatos e a integridade do processo eleitoral, caracterizando crime conforme o artigo 41-A da Lei Eleitoral (nº 9.504/1997).

Reações dos Envolvidos e Futuro Político

Em resposta à decisão, Geovani Lunelli expressou surpresa e reafirmou seu compromisso com a população de José Boiteux. Ele e Emerson já acionaram seus advogados para recorrer da decisão, prometendo continuar seu trabalho em prol do município. “Acreditamos que a verdade sempre vai prevalecer”, afirmou Lunelli.

A situação em José Boiteux continua a evoluir, e os desdobramentos das eleições de 2024 agora dependem das decisões judiciais futuras.

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