Investigação da PF em Brasília Revela Possíveis Vazamentos em Operação

Na manhã desta quinta-feira, 28 de agosto de 2025, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, anunciou que a corporação iniciará uma investigação para apurar possíveis vazamentos de informações durante uma operação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). O alerta surgiu após a execução de apenas 6 dos 15 mandados de prisão previstos, resultado considerado atípico pelas autoridades.

Resultados Inesperados da Operação Carbono Oculto em Brasília Levantam Questões

“Apenas 6 dos 15 mandados foram cumpridos, o que não é uma estatística normal. Assim que as equipes retornarem, teremos mais elementos para entender se houve vazamento”, afirmou Rodrigues durante uma coletiva de imprensa em Brasília. O baixo número de prisões gerou desconforto entre os policiais envolvidos na operação, que buscam compreender as razões por trás da evasão da maioria dos alvos.

Um delegado federal, que preferiu não se identificar, destacou: “É totalmente atípico que em nossas operações a maioria dos alvos escape. Geralmente, apenas um ou outro não é capturado.” A investigação agora se volta para as circunstâncias que levaram a essa situação incomum.

Ação da PF em Brasília Contra o PCC: Prisões e Desdobramentos Importantes

A operação, batizada de Carbono Oculto, é considerada a maior ação do Brasil contra o crime organizado, envolvendo cerca de 1.400 agentes em oito estados. A força-tarefa, que uniu esforços da PF, Polícia Civil e Receita Federal, visa desmantelar um esquema criminoso que sonegou mais de R$ 7,6 bilhões em impostos. As irregularidades foram identificadas em várias etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis.

Os investigadores revelaram que o PCC estava envolvido na importação irregular de produtos químicos para adulterar combustíveis, levando a fraudes em mais de 300 postos de gasolina. Estima-se que a ação impacte cerca de 30% dos estabelecimentos no estado de São Paulo.

Operação Carbono Oculto: Impacto no Crime Organizado em São Paulo e Brasília

Entre os detidos estão João Chaves Melchior, ex-policial civil, e outros cinco suspeitos. No entanto, algumas figuras-chave, como Mohamad Hussein Mourad, apontado como o “epicentro” do esquema, ainda não foram localizadas. As autoridades ressaltam que o material apreendido durante as buscas será crucial para aprofundar as investigações sobre lavagem de dinheiro e corrupção.

Andrei Rodrigues também abordou a integração entre as operações da PF e do Ministério Público de São Paulo, garantindo que não houve conflito, mas sim uma sincronização necessária para maximizar o impacto das ações contra o crime organizado.

Expectativas da PF em Brasília para Esclarecer Falhas na Operação Carbono Oculto

A PF se comprometeu a continuar suas investigações e a esclarecer os motivos por trás das prisões incompletas. A expectativa é que o retorno das equipes de campo traga novas informações que possam elucidar o que ocorreu durante a operação. As autoridades estão determinadas a desmantelar as redes de crime organizado e garantir a segurança da população.

Com a operação Carbono Oculto, a Polícia Federal reafirma seu compromisso em combater a corrupção e o crime organizado, visando a recuperação dos prejuízos causados à sociedade.