Fraudes em Combustíveis: Ações Urgentes em São Paulo
Entidades de São Paulo pedem ações urgentes para combater fraudes no setor de combustíveis
Após uma grande operação da Polícia Federal, que desarticulou um esquema criminoso bilionário envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC), entidades ligadas ao setor de combustíveis em São Paulo estão pressionando pela criação de legislações que combatanfraudes. A operação, realizada no dia 28 de agosto de 2025, revelou a gravidade do problema e a necessidade de ações concretas.
Impacto das fraudes na credibilidade do setor de combustíveis
Donizete Tokarski, diretor da União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), ressaltou ao G1 que as fraudes comprometem a credibilidade da política de mistura obrigatória de combustíveis. “Essas práticas não apenas reduzem a arrecadação, mas também afetam a qualidade do combustível que chega ao consumidor”, afirmou Tokarski. Ele enfatizou que a execução das regras deve ser rigorosa para evitar que ações criminosas sabote o progresso na transição energética.
Ministro de Minas e Energia destaca fortalecimento da fiscalização
Em resposta às preocupações do setor, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, declarou que sua pasta tem intensificado a fiscalização e apoiado investigações. “Estamos criando uma rede de fiscalização abrangente para garantir que o consumidor não seja enganado”, disse Silveira. O Ministério de Minas e Energia também detalhou, em nota, as novas diretrizes que incluem a criminalização da inadimplência ambiental e ações contra a pirataria.
Legislação e ações necessárias para barrar o crime organizado
Ana Mandelli, diretora-executiva de Downstream do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), alertou que as atividades ilícitas da facção criminosa representam uma ameaça não apenas à concorrência, mas também à economia formal. Ela defendeu a necessidade de avanços legislativos para criar mecanismos que impeçam a entrada de produtos irregulares no mercado. Entre as propostas estão o controle de devedores contumazes e o compartilhamento de dados fiscais entre a ANP e a Receita Federal.
Detalhes da megaoperação Carbono Oculto
A megaoperação, batizada de Carbono Oculto, envolveu cerca de 1.400 agentes e ocorreu em oito estados, incluindo São Paulo, Espírito Santo e Paraná. Considerada a maior operação contra o crime organizado no Brasil, revelou que o grupo criminoso sonegou mais de R$ 7,6 bilhões em impostos. As investigações mostraram que a facção atuava na importação irregular de produtos químicos para adulterar combustíveis, afetando cerca de 30% dos postos de gasolina no estado de São Paulo.
As entidades do setor esperam que a repercussão da operação leve a uma ação legislativa eficaz, vital para a proteção do consumidor e a integridade do mercado de combustíveis.
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