Fraude Fiscal em Mato Grosso: NEOVG, PCC e a Crise no Setor de Combustíveis
Fraude fiscal em Mato Grosso: NEOVG e o PCC em esquema criminoso
O Ministério Público Estadual (MPE) revelou detalhes alarmantes sobre a operação que desmantelou uma rede de fraudes fiscais no setor de combustíveis em Mato Grosso. A empresa NEOVG, localizada em Várzea Grande (MT), é acusada de ter enganado a Agência Nacional do Petróleo (ANP) ao reutilizar documentos de uma empresa já investigada na megaoperação Carbono Oculto.
Mato Grosso: estratégias da NEOVG para enganar a ANP reveladas
As investigações apontam que Roberto Augusto Leme Da Silva, conhecido como Beto Loko, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), é sócio da NEOVG. A operação, realizada em 28 de agosto de 2025, revelou que a empresa de Beto Loko inflacionou seu patrimônio de forma extraordinária, passando de zero a mais de R$ 1 milhão em tempo recorde.
Mudanças na legislação impactam fraudes fiscais em Mato Grosso
Desde 2012, a legislação exigia um capital mínimo de R$ 20 milhões para que empresas formuladoras pudessem operar. Para manter sua autorização, a NEOVG anunciou a entrada da Maiori Participações Ltda. como sócia, aumentando a declaração de seu patrimônio. No entanto, o MPE afirma que não houve investimento real por parte dessa empresa.
Lavagem de dinheiro: ligação entre PCC e setor de combustíveis em MT
A Receita Federal identificou uma complexa rede de fundos de investimento ligados ao PCC, que utilizam empresas de fachada para ocultar a origem dos recursos. Beto Loko teria ingressado na NEOVG por meio de um desses fundos, reforçando a ligação entre o crime organizado e o setor de combustíveis.
Documentos falsificados da Copape expõem conluio em Várzea Grande
As investigações também revelaram que documentos originalmente produzidos pela Copape, outra empresa sob suspeita, foram alterados e reutilizados pela NEOVG. Um exemplo disso foi a descoberta de uma planilha criada em 1998, que foi modificada e reapresentada pela NEOVG em 2021.
A operação do MPE, que já identificou mais de 300 postos de combustíveis envolvidos em fraudes, continua a investigar as conexões do PCC com diversas empresas no Brasil, ressaltando a gravidade da situação no setor de combustíveis.
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