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Fraude em Mato Grosso: NEOVG e PCC em Esquema Milionário de Combustíveis

Fraude em Mato Grosso: NEOVG e PCC em Esquema Milionário de Combustíveis

A operação deflagrada na quinta-feira, 28 de agosto de 2025, pelo Ministério Público Estadual (MPE) em Mato Grosso, desmantelou um esquema fraudulento que envolve a NEOVG, uma formuladora de combustíveis sediada em Várzea Grande. A empresa é acusada de ter enganado a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para se tornar milionária, reutilizando documentos de uma empresa envolvida na megaoperação Carbono Oculto, que investiga fraudes fiscais em todo o país.

Como a NEOVG Inflacionou Capital Social para Enganar a ANP em Várzea Grande

As investigações apontam que Roberto Augusto Leme Da Silva, conhecido como Beto Loko, um dos chefes do PCC, é sócio da NEOVG. Ele já era alvo de investigações anteriores por sua relação com a Copape Produtos de Petróleo Ltda., que pertence ao Grupo Aster e está ligada à NEOVG, que causou perdas milionárias aos cofres públicos.

Documentos Falsificados: Conexão entre NEOVG e Copape em Mato Grosso

Conforme revelado pela operação, a NEOVG, que foi criada em 2002, inicialmente declarou um capital social de apenas R$ 840 mil, baseado em propriedades rurais que nunca pertenciam ao grupo. Em um curto espaço de tempo, esse valor foi artificialmente inflacionado para R$ 13,1 milhões, a fim de atender a exigências da ANP.

A empresa fez uso de estratégias fraudulentas, como a declaração de propriedades com valores inflacionados e a entrada de uma empresa fantasma, a Maiori Participações Ltda., como sócia, supostamente para elevar o capital social para mais de R$ 113,9 milhões, um aporte que, segundo o MPE, nunca ocorreu.

Operação do MPE Revela Envolvimento do PCC no Mercado de Combustíveis

Durante a investigação, foram encontrados documentos que pertenciam originalmente à Copape, alterados e reaproveitados pela NEOVG. Essa prática evidencia a conexão entre as duas empresas e a tentativa de encobrir atividades ilícitas. Um exemplo é uma planilha chamada “camaras de espuma.xls”, que foi criada em 1998 pela Copape e modificada pela NEOVG em 2021.

Impactos da Operação em Mato Grosso: Combate às Fraudes no Setor de Combustíveis

A operação, que mobilizou mais de 1.400 agentes e atingiu 350 alvos, é um reflexo da ação do PCC no setor de combustíveis, onde o crime organizado se infiltra para controlar e lucrar com a lavagem de dinheiro. Segundo a Receita Federal, o grupo criminoso opera uma rede complexa de fundos de investimentos que servem para ocultar a origem de recursos e financiar a aquisição de empresas e bens.

Esta nova fase das investigações destaca a importância de um combate rigoroso às fraudes no setor, mostrando como o crime organizado busca explorar lacunas na legislação e falhas de fiscalização para aumentar seus lucros à custa do Estado e da sociedade.

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