EUA Desdobram Frota Militar em Resposta ao Tráfico de Drogas na Venezuela
Na quinta-feira, 28 de agosto de 2025, autoridades dos Estados Unidos confirmaram a chegada de uma frota militar ao sul do Caribe, nas proximidades da costa da Venezuela. A operação, que inclui sete navios de guerra e um submarino nuclear, visa combater o tráfico internacional de drogas, segundo informações divulgadas pela Reuters.
Composição da Frota e Mobilização de Militares
Entre as embarcações que compõem a frota estão o USS San Antonio, USS Iwo Jima e USS Fort Lauderdale, transportando aproximadamente 4.500 militares, dos quais 2.200 são fuzileiros navais. A presença naval é reforçada por voos de reconhecimento realizados por aviões espiões P-8, que têm como objetivo coletar informações na região.
Ação Militar dos EUA e Acusações Venezuelanas
O embaixador da Venezuela nas Nações Unidas, Samuel Moncada, denunciou a operação americana como uma “campanha terrorista”, afirmando que os EUA buscam justificar uma intervenção militar em um país soberano. Ele se reuniu com o secretário-geral da ONU, António Guterres, para discutir o assunto.
Reação da Casa Branca e Tensão Diplomática
Em resposta às preocupações sobre a operação, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, esquivou-se de comentar sobre possíveis ações militares, mas reafirmou que Nicolás Maduro não é reconhecido como o presidente legítimo da Venezuela. Leavitt destacou que o governo dos EUA está preparado para usar todos os recursos disponíveis para combater o narcotráfico.
Contexto do Narcotráfico e Acusações Contra Maduro
O governo americano acusa Maduro de estar à frente do Cartel de los Soles, considerado uma organização terrorista internacional. Em agosto, a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro foi elevada para US$ 50 milhões. Em resposta à movimentação militar dos EUA, Maduro mobilizou 4,5 milhões de milicianos para proteger o território venezuelano.
Reações da Comunidade Internacional
A Venezuela enviou 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia, alegando que os EUA usam o narcotráfico como pretexto para uma invasão militar. Países vizinhos, como Argentina, Equador, Paraguai e Guiana, apoiaram a classificação do Cartel de los Soles como organização terrorista, enquanto Trinidad e Tobago manifestou apoio à ação militar dos EUA. A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela continua a se intensificar, levantando preocupações sobre a estabilidade regional e a segurança internacional.
