EUA Movimentam Forças Militares ao Sul do Caribe em Direção à Venezuela

Na quinta-feira, 28 de agosto de 2025, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, evitou responder diretamente se os Estados Unidos planejam ações militares contra a Venezuela. Durante uma coletiva de imprensa, Leavitt enfatizou que o governo de Donald Trump está preparado para empregar “todos os elementos da força americana” no combate ao narcotráfico na região.

Operação Militar dos EUA Foca no Combate ao Tráfico de Drogas

Nos últimos dias, os EUA têm deslocado navios, aviões e tropas para o sul do Caribe, próximo à costa venezuelana. Embora a administração americana afirme que a missão visa impedir a entrada de drogas no país, detalhes sobre as operações têm sido escassos. Durante a coletiva, um jornalista questionou Leavitt sobre a magnitude do aparato militar enviado, sugerindo que era desproporcional para uma ação contra o tráfico. Em resposta, a porta-voz reiterou a posição dos EUA sobre a legitimidade do governo venezuelano, afirmando que Nicolás Maduro é um fugitivo da Justiça americana.

Trump e Maduro: Conflito Acentuado em Meio a Ações Militares

Leavitt declarou: “Trump está preparado para usar todos os elementos da força americana para impedir que as drogas inundem nosso país e para levar os responsáveis à Justiça.” Ela qualificou o regime de Maduro como “chefe de um cartel narcoterrorista”, reforçando a postura agressiva dos EUA em relação ao governo venezuelano. Recentemente, o Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 da ONU contradisse as alegações do governo Trump, indicando que as principais drogas consumidas nos EUA não têm origem na Venezuela.

Recompensa Aumentada e Mobilização Militar da Venezuela

O governo americano aumentou a recompensa por informações que levem à captura de Maduro para US$ 50 milhões, reforçando as acusações de narcoterrorismo. Em resposta, Maduro mobilizou 4,5 milhões de milicianos para defender o território venezuelano, proclamando a necessidade de armamentos para proteger a soberania da nação. A Venezuela também enviou 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia, após o governo colombiano afirmar que os EUA estão utilizando o narcotráfico como pretexto para uma possível invasão militar. Apesar das tensões, a Colômbia nega qualquer colaboração com Maduro.

Reações Internacionais e Monitoramento da ONU

Na terça-feira, 26 de agosto, a Venezuela enviou um documento à ONU, solicitando que a organização monitorasse a “escalada de ações hostis” dos EUA, classificando as operações americanas como uma “grave ameaça à paz e à segurança regional”. Enquanto isso, países como Argentina, Equador, Paraguai e Guiana se alinharam aos EUA, considerando o Cartel de los Soles como uma organização terrorista. Trinidad e Tobago também manifestou apoio à ação militar americana. As tensões entre os EUA e a Venezuela permanecem elevadas, com a comunidade internacional observando atentamente os desdobramentos dessa situação crítica.