Déficit primário das contas do governo em julho de 2025: R$ 59,12 bilhões As contas do governo federal registraram um déficit primário de R$ 59,12 bilhões em julho de 2025, conforme anunciado pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira, 28 de agosto. Este resultado indica que as despesas superaram as receitas tributárias, um fenômeno que ocorre quando as receitas não conseguem cobrir os gastos do governo. Piora em relação a julho de 2024 e comparação histórica Esse déficit representa uma deterioração significativa em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando foi observado um rombo de R$ 9,33 bilhões, ajustado pela inflação. Além disso, este é o pior resultado registrado para meses de julho desde 2020, quando, em meio a despesas extraordinárias relacionadas à Covid-19, o déficit alcançou R$ 120,56 bilhões. Na história do Tesouro, que se inicia em 1997, somente 2020 apresentou um resultado mais negativo para o mês de julho. Fatores que impactaram o déficit em julho Segundo o Tesouro Nacional, o elevado déficit em julho está atrelado, em parte, ao pagamento concentrado de despesas judiciais, que totalizaram R$ 35,6 bilhões no mês. Essa situação é ilustrativa, já que em 2024 os pagamentos de precatórios se concentraram em fevereiro, refletindo a volatilidade das despesas do governo. Crescimento na receita líquida e aumento nas despesas Apesar do déficit, a receita líquida do governo, após as transferências a estados e municípios, cresceu 3,9% em termos reais, totalizando R$ 201,2 bilhões em julho. Esse aumento foi impulsionado por uma arrecadação recorde, favorecida pela elevação do IOF. No entanto, as despesas totais também aumentaram, somando R$ 260,3 bilhões, com uma alta real de 28,3% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, evidenciando a pressão das despesas com precatórios. Desempenho fiscal no acumulado do ano No acumulado dos sete primeiros meses de 2025, o déficit das contas públicas chegou a R$ 70,27 bilhões, uma leve melhora em relação ao déficit de R$ 79,6 bilhões registrado no mesmo período de 2024. Este resultado marca o maior saldo positivo para o primeiro semestre desde 2022, quando houve um superávit de R$ 86,6 bilhões. A receita líquida acumulada no ano também apresentou um crescimento real de 3%, totalizando R$ 1,33 trilhão, enquanto as despesas totais recuaram 2%, totalizando R$ 1,41 trilhão. Perspectivas para a meta fiscal de 2025 A meta fiscal estabelecida para 2025 visa zerar o déficit, que foi de R$ 43 bilhões em 2024. De acordo com as diretrizes do arcabouço fiscal, o governo pode tolerar um déficit de até 0,25% do PIB, equivalente a cerca de R$ 31 bilhões, sem que isso signifique um descumprimento da meta. Além disso, outros R$ 44,1 bilhões em precatórios são excluídos para fins de cumprimento da meta fiscal, o que evidencia os desafios enfrentados pelo governo em sua gestão fiscal.{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","headline":"Déficit Primário do Governo Brasileiro em Julho de 2025: Análise e Impactos","mainEntityOfPage":"https://radardodia.com.br","datePublished":"2025-08-28T20:09:02.254Z","dateModified":"2025-08-28T20:09:02.254Z","author":{"@type":"Organization","name":"Radar do Dia"},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Radar do Dia","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https://radardodia.com.br/wp-content/uploads/2024/01/logo-512.png"}}}...
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