Polícia desarticula esquema bilionário de adulteração de combustíveis em São Paulo

Na manhã desta quinta-feira, 28 de agosto de 2025, uma grande operação policial foi realizada em São Paulo, visando desmantelar um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis. O grupo, ligado à facção Primeiro Comando da Capital (PCC), estava adulterando combustíveis com metanol, uma substância altamente tóxica e inflamável.

O que é o metanol e por que é perigoso?

O metanol (CH₃OH) é um tipo de álcool incolor, com um odor semelhante ao da bebida alcoólica comum, mas que não é destinado ao consumo humano. Sua alta inflamabilidade e toxicidade o tornam um produto de difícil identificação. Em postos de combustíveis controlados pelo PCC, a adulteração chegava a 90% de metanol, o que não apenas engana os consumidores, mas também acarreta sérios riscos à saúde e à segurança.

Riscos mecânicos e de saúde do metanol em combustíveis

O uso de metanol em altas concentrações pode corroer peças do motor e levar a falhas mecânicas graves. Além disso, a ingestão, inalação ou contato prolongado com a substância pode provocar náuseas, tontura, cegueira e até a morte. Especialistas alertam que, em casos de adulteração, os perigos se multiplicam, colocando motoristas e passageiros em risco.

Aplicações legítimas do metanol na indústria

Embora o metanol tenha aplicações legítimas na indústria, como na produção de formaldeído, tintas e plásticos, sua comercialização para consumo humano é estritamente controlada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). No Brasil, ele é utilizado principalmente como matéria-prima na produção de biodiesel, em um processo químico conhecido como transesterificação.

Conclusão e alerta à população

A operação realizada em São Paulo destaca a importância de combater a adulteração de combustíveis, que não só prejudica a economia, mas também coloca em risco a vida de milhares de pessoas. Os consumidores devem estar atentos e denunciar práticas suspeitas para garantir a segurança nas estradas.