Desafios e Iniciativas de Segurança no Setor Comercial Sul de Brasília
Comerciantes em Brasília Alteram Rotina em Resposta à Violência no Setor Comercial Sul
No Setor Comercial Sul (SCS), em Brasília, as novas medidas de segurança se tornaram uma realidade para os comerciantes que enfrentam o aumento da violência. A mudança nos horários de funcionamento, motivada pelo medo de assaltos e furtos, tem afetado diretamente o dia a dia dos proprietários de lojas e serviços na região.
Medidas de Segurança: Horários Alterados e Preocupações Crescentes
O empresário Ovídio Maia, proprietário de uma imobiliária na Quadra 5, decidiu que seus funcionários começariam a trabalhar mais tarde e sairiam antes do anoitecer. Essa decisão foi tomada após uma série de incidentes de roubo na área. “Entramos entre 8h30 e 9h e saímos às 17h. A segurança é a nossa maior preocupação. Os colaboradores frequentemente relatam furtos e assaltos”, declarou Ovídio.
A comerciante Iraneide Barbosa, que possui uma ótica na mesma quadra, também já foi vítima da violência. Ela relata ter sido assaltada duas vezes e descreve um dos episódios: “Ele chegou como cliente, pediu para ver o relógio e saiu correndo com os dois. Fiquei no prejuízo de R$ 1.900”. Apesar dos desafios, Iraneide afirma que a vida comercial deve continuar.
Aumento dos Crimes e Respostas da Polícia Militar
Recentemente, a Polícia Militar prendeu um homem na Quadra 4, que tentou roubar um pedestre usando um uniforme falso. Com ele, foram apreendidos R$ 187, um fone de ouvido e uma faca. Além disso, dias depois, uma câmera fotográfica avaliada em R$ 10 mil foi recuperada, após uma mulher em situação de rua furtá-la de um hotel.
O major Adson Ramos, subcomandante do 1º Batalhão da PMDF, afirma que, embora os índices de criminalidade estejam em queda, a sensação de segurança entre os comerciantes ainda é baixa. “Tivemos uma redução nos índices de crimes, mas locais escuros e com acúmulo de lixo aumentam essa sensação de insegurança”, explica.
Desafios Sociais e a Necessidade de Assistência
Além da violência, os comerciantes expressam preocupações com a falta de assistência social para pessoas em situação de rua. A presença de consumo de drogas em plena luz do dia tem sido uma constante. Uma equipe da TV Globo flagrou momentos de consumo de crack em um beco, evidenciando a vulnerabilidade social na região.
A PM ressalta a importância de distinguir entre quem comete crimes e quem está em situação de vulnerabilidade. José Aparecido Freire, presidente da Fecomércio-DF, defende a criação de um centro integrado de segurança. Ele destaca que a alta taxa de imóveis desocupados contribui para a deterioração do setor. “A segurança é o principal problema. Precisamos também resolver a situação das pessoas em situação de rua”, afirma Freire.
Iniciativas de Segurança e Futuro do Setor Comercial Sul
Em resposta à crescente preocupação com a segurança, totens equipados com câmeras, botões de emergência e sinalização luminosa foram instalados na área em dezembro do ano passado. Essas tecnologias visam mitigar os riscos em regiões com alta criminalidade e grande fluxo de pessoas.
À medida que a insegurança persiste, comerciantes do Setor Comercial Sul em Brasília buscam maneiras de proteger seus negócios e garantir um ambiente mais seguro para a comunidade.
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