Copape e Aster Petróleo: Empresas Alvo de Megaoperação em São Paulo Na quinta-feira, 28 de agosto de 2025, uma grande operação policial destacou as empresas Copape e Aster Petróleo como protagonistas em um esquema de fraudes bilionárias no setor de combustíveis em São Paulo. De acordo com investigações, essas companhias estariam diretamente ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), um dos grupos criminosos mais influentes do Brasil.Mohamad Hussein Mourad: O Epicentro das Fraudes Os empresários Mohamad Hussein Mourad, conhecido como "Primo", e Renato Steinle de Camargo são os proprietários das empresas, que foram adquiridas em 2020 por R$ 52 milhões. Mourad é descrito pelos promotores como o "epicentro das operações", coordenando uma extensa rede de fraudes fiscais e lavagem de dinheiro que abarcava oito estados brasileiros.O Esquema de Importação e Lavagem de Dinheiro A investigação revelou que a Copape, localizada em Guarulhos, SP, produz gasolina a partir de derivados de petróleo, enquanto a Aster atua como distribuidora, abastecendo mais de mil postos pelo Brasil. A Terra Nova Trading, uma empresa importadora com sede no Tocantins, era utilizada para adquirir a matéria-prima a custos menores, permitindo que a Copape produzisse combustíveis a preços abaixo da média do mercado.Combustíveis de Baixa Qualidade e Irregularidades Os combustíveis comercializados pelo grupo estavam adulterados, contendo até 90% de metanol, em contrariedade às normas da ANP, que permitem apenas 0,5% dessa substância. Essa prática não apenas prejudica a qualidade do produto, mas também representa um grave risco à segurança dos consumidores.Indisponibilidade de Bens e Recuperação Judicial Como resultado das investigações, a Justiça decretou a indisponibilidade dos bens de Mourad e Camargo. Ambas as empresas haviam pedido recuperação judicial no ano anterior, alegando dívidas de R$ 830 milhões e contestando a revogação das licenças de funcionamento, que ocorreu após a revelação de suas irregularidades.Impacto do PCC no Setor de Combustíveis A atuação do PCC se estendeu além das fraudes: o grupo é acusado de ameaçar proprietários de postos independentes para forçá-los a vender suas propriedades. As investigações do Ministério Público de São Paulo, em conjunto com a Polícia Federal e a Receita Federal, revelaram um esquema extenso e complexo, que envolvia sonegação de impostos na ordem de R$ 1,3 bilhão.O Futuro das Empresas e Medidas Legais Com a operação em curso, o futuro da Copape e da Aster Petróleo é incerto. A pressão legal e as investigações continuam, e a sociedade aguarda os desdobramentos desse caso que expõe a infiltração do crime organizado no setor de combustíveis. A megaoperação não apenas evidencia a gravidade das fraudes no setor, mas também ressalta a necessidade urgente de medidas eficazes para combater a corrupção e proteger o consumidor.{"@context":"https://schema.org","@type":"NewsArticle","headline":"Megaoperação em São Paulo Revela Fraudes Bilionárias em Combustíveis","mainEntityOfPage":"https://radardodia.com.br","datePublished":"2025-08-28T20:32:54.127Z","dateModified":"2025-08-28T20:32:54.127Z","author":{"@type":"Organization","name":"Radar do Dia"},"publisher":{"@type":"Organization","name":"Radar do Dia","logo":{"@type":"ImageObject","url":"https://radardodia.com.br/wp-content/uploads/2024/01/logo-512.png"}}}...
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