Déficit Primário do Governo em Julho de 2023: R$ 59,12 Bilhões

As contas do governo federal enfrentaram um déficit primário de R$ 59,12 bilhões em julho de 2023, conforme anunciado pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira, 30 de agosto. Esse número alarmante reflete a diferença negativa entre as receitas tributárias e as despesas do governo, excluindo os juros da dívida pública.

Comparativo: Déficit de Julho de 2022 e Impactos da Pandemia

Este resultado representa uma deterioração significativa em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o déficit foi de apenas R$ 9,33 bilhões, já ajustado pela inflação. O desempenho de julho de 2023 é o pior para o mês desde 2020, quando o rombo fiscal chegou a R$ 120,56 bilhões, impulsionado por gastos extraordinários relacionados à pandemia de Covid-19.

Segunda Maior Deficiência Fiscal em Julho na História

Além disso, o déficit de julho de 2023 se tornou o segundo maior registrado para esse mês na história, superado apenas pelo resultado de 2020. Essa trajetória preocupante levanta questões sobre a saúde fiscal do governo e suas perspectivas para o futuro.

Causas do Aumento no Déficit: Despesas Judiciais em Foco

O Tesouro Nacional atribui o forte déficit deste mês a vários fatores, destacando-se o pagamento concentrado de despesas judiciais, que totalizaram R$ 35,6 bilhões em julho. É importante observar que, para o ano de 2024, as despesas com precatórios também estão previstas para se concentrar em fevereiro, o que pode impactar ainda mais as contas públicas.

O cenário fiscal continua sendo uma preocupação central para o governo, e a análise detalhada das despesas e receitas será crucial para entender as medidas necessárias para a recuperação e sustentabilidade das finanças públicas.