Crise nas Cirurgias Ortopédicas no Paranoá: Pacientes em Desespero
Crise nas Cirurgias Ortopédicas: Famílias do Paranoá em Desespero
Famílias de pacientes internados no Hospital do Paranoá, localizado no Distrito Federal, estão expressando sua frustração e preocupação com a longa espera por cirurgias ortopédicas. Na última quinta-feira, 28 de agosto de 2025, relatos de pacientes e familiares revelaram a situação crítica que a unidade enfrenta, com corredores lotados e pacientes aguardando por procedimentos essenciais.
Condições Críticas e Falta de Previsão
Imagens capturadas por familiares mostram a realidade angustiante do hospital, onde muitos pacientes estão deitados em camas, aguardando cirurgia sem um prazo definido. Entre os casos mais urgentes estão as cirurgias de fêmur e coluna, que, segundo ortopedistas consultados, devem ser realizadas entre 24 e 48 horas após a lesão para evitar sequelas significativas.
Relatos de Desespero: Casos de Pacientes Idosos e em Situação Crítica
Alice Pereira, uma idosa de 90 anos, está entre os pacientes que aguardam cirurgia. A tia-avó da servidora pública Carla Fernandes quebrou o fêmur após uma queda em casa. O procedimento, considerado vital para sua recuperação, pode levar até um mês para ser realizado. “Ela viveu 90 anos para terminar a vida numa cama?”, questiona a sobrinha, em busca por um atendimento mais rápido.
Outro relato comovente vem de Solange Maria Cassemiro, que espera por cirurgia para sua mãe de 71 anos. A dona de casa, residente de Luziânia, afirma que as informações sobre a cirurgia são escassas e a ansiedade só aumenta. “Para mim, já era para estar em casa do tempo que já está aqui”, desabafou.
Consequências da Demora: O Que Dizem os Especialistas
O ortopedista Rodrigo Lima, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, alerta que a espera prolongada pode resultar em complicações e sequelas. “Quando você demora meses para operar, a resposta do corpo é diferente”, explica, enfatizando a importância do tratamento imediato.
Condições de Internação: Pacientes em Poltronas e Falta de Recursos
A situação se agrava com relatos de pacientes internados em poltronas, devido à falta de macas. Amanda Lorane, que acompanha um paciente no hospital, afirmou que muitos estão em condições desconfortáveis há mais de dez dias, aguardando cirurgia. A escassez de anestesistas é uma das justificativas apresentadas para a lentidão nos atendimentos.
Resposta da Secretaria de Saúde do DF
Em resposta às reclamações, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a classificação dos pacientes para cirurgias é feita com base na gravidade do quadro clínico. Segundo a pasta, todos os pacientes estão sob acompanhamento médico enquanto aguardam procedimentos.
“A Secretaria reitera seu compromisso em garantir um atendimento seguro e humanizado a todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, concluiu.
Essa situação alarmante no Hospital do Paranoá destaca a urgência de melhorias na infraestrutura e na gestão de atendimentos ortopédicos, visando garantir a saúde e segurança dos pacientes.
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