Condenação de R$ 1 milhão por assédio eleitoral em Sorocaba, SP
Condenação de R$ 1 milhão por assédio eleitoral em Sorocaba, SP
O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15) decidiu, em 28 de agosto de 2025, condenar uma produtora de defensivos agrícolas localizada em Sorocaba, SP, ao pagamento de R$ 1 milhão por danos morais coletivos. A condenação se refere a práticas de assédio eleitoral ocorridas durante a campanha presidencial de 2022, e a empresa ainda pode recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Ex-funcionários relatam coação em evento político da produtora agrícola
A decisão do tribunal foi proferida em segunda instância, após a empresa recorrer da sentença inicial, que havia considerado improcedente a ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A denúncia aponta que gestores da empresa pressionaram os funcionários a manifestarem apoio ao então presidente Jair Bolsonaro, obrigando-os a vestir camisas da seleção brasileira e a ouvirem discursos favoráveis ao candidato em um evento corporativo realizado em setembro de 2022.
TRT-15 exige medidas para prevenir assédio eleitoral em empresas de SP
Na sentença, o TRT-15 determinou não apenas o pagamento da indenização, mas também que a empresa adote uma série de medidas para prevenir futuras práticas de assédio eleitoral. Entre as exigências, estão a proibição de atos políticos nas instalações da empresa e a garantia de que os funcionários possam escolher livremente seus candidatos, além de um comunicado oficial que assegure essa liberdade.
Ihara se defende de acusações de assédio eleitoral durante campanha de 2022
Ex-funcionários relataram à Justiça que enfrentaram coação e intimidação para participar das atividades. Em sua defesa, a empresa apresentou um documento alegando que o evento era uma celebração cívica em homenagem ao bicentenário da independência do Brasil e à Copa do Mundo, afirmando que os colaboradores foram apenas convidados a participar.
Atualizações sobre a condenação da produtora de defensivos em Sorocaba
O g1 entrou em contato com a Ihara, a produtora de defensivos agrícolas, para obter um posicionamento sobre a condenação, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
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