Casos de abuso sexual em Cascavel: Padre Genivaldo é preso
Sete vítimas de abuso sexual são identificadas em investigação de padre em Cascavel
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) confirmou que sete pessoas relataram ter sido vítimas do padre Genivaldo Oliveira dos Santos, preso temporariamente em Cascavel, no oeste do Paraná. A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Segurança Pública, coronel Hudson Teixeira, e pela delegada responsável pelo caso, Thais Zanatta.
Investigação revela depoimentos e novos casos de abuso
“A princípio, já foram identificadas sete vítimas do padre que está preso. As vítimas foram ouvidas e outros casos estão surgindo e sendo verificados”, afirmou Teixeira. Até o momento, cerca de 18 pessoas já prestaram depoimento no inquérito que investiga os crimes atribuídos ao religioso. Nos próximos dias, a polícia planeja ouvir seminaristas, familiares e pessoas ligadas à rotina da paróquia onde Genivaldo atuava.
Motivo da prisão temporária e defesa do padre
Genivaldo está detido desde o último domingo, 24 de agosto. A Justiça decretou sua prisão temporária devido a indícios de que ele tentou contatar possíveis vítimas, o que poderia comprometer a investigação. A defesa do padre nega as acusações, afirmando que a tentativa de contato foi uma simples mensagem de texto pedindo ajuda, e não uma tentativa de interferir nas apurações.
Resposta da Arquidiocese e afastamento do padre
A Arquidiocese de Cascavel expressou profunda consternação com a situação e se comprometeu a colaborar integralmente com as autoridades para esclarecer os fatos o quanto antes. O padre denunciado foi afastado de todas as funções eclesiásticas.
Histórico de abusos desde 2009
Os relatos das vítimas remontam a 2009, quando um homem, atualmente padre, denunciou ter sido abusado por Genivaldo enquanto era seminarista. Ele entregou à polícia uma carta escrita em 2011, que comprova que o abuso foi relatado aos superiores da igreja. Outras vítimas, incluindo um ex-dependente químico e um adolescente, também relataram abusos ocorridos em diferentes anos até 2024.
Metodologia dos abusos e investigação em andamento
A delegada Thais Zanatta informou que alguns dos abusos ocorreram com as vítimas dopadas ou em estado de vulnerabilidade. “Uma das vítimas relatou ser dopada por remédios e outra por canabinoides. Estamos investigando se havia aliciamento envolvendo presentes e promessas de uma vida confortável”, afirmou a delegada. A conclusão do inquérito está prevista para meados de setembro. A sociedade aguarda respostas e a Justiça para que todos os envolvidos tenham seus direitos respeitados e os fatos devidamente apurados.
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