Casos de Abuso em Cascavel: Padre Detido e Investigação em Curso
Sete Vítimas de Abusos Relatadas em Cascavel, Paraná
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) confirmou que sete pessoas denunciaram o padre Genivaldo Oliveira dos Santos, detido desde o último domingo, 24 de agosto de 2025, por suspeitas de estupro de vulnerável. O caso, que está sendo investigado em Cascavel, no oeste do estado, levanta questões alarmantes sobre a segurança de jovens da comunidade católica.
Informações do Inquérito e Depoimentos
O secretário estadual de Segurança Pública, coronel Hudson Teixeira, e a delegada Thais Zanatta informaram que já foram ouvidas cerca de 18 pessoas no inquérito. Nos próximos dias, a investigação deve se aprofundar, com a oitiva de seminaristas, familiares e outros membros da paróquia onde Genivaldo atuava. “Outros casos estão surgindo e sendo verificados”, destacou Teixeira.
A prisão temporária do padre foi decretada pela Justiça após ele tentar contatar possíveis vítimas, o que poderia comprometer a investigação. A defesa do padre nega qualquer tentativa de obstrução. O advogado Alessandro Rosseto afirmou que a comunicação do padre foi mal interpretada e não representou ameaça.
Expectativa de Conclusão do Inquérito
A delegada Zanatta prevê que a conclusão do inquérito ocorra até meados de setembro. Enquanto isso, a Arquidiocese de Cascavel expressou sua consternação com os fatos e reafirmou sua disposição em colaborar com as autoridades, afastando imediatamente o padre de suas funções eclesiásticas.
Histórico dos Abusos e Identificação das Vítimas
Os relatos das vítimas revelam um padrão preocupante. O primeiro caso documentado remonta a 2009, quando um sacerdote, também ex-seminarista, denunciou ter sido abusado por Genivaldo. Outro homem, de 33 anos, relatou ter sido dopado e violentado, sem conseguir especificar a data.
Entre os relatos também estão um jovem de 23 anos que buscou ajuda para superar a dependência química em 2021, um adolescente de 16 anos que foi vítima enquanto prestava serviços na Igreja em 2024, e um homem de 20 anos que denunciou abuso em uma clínica terapêutica, onde o padre atuava, há duas semanas.
Investigação de Aliciamento e Métodos de Abuso
A delegada Thais Zanatta revelou que alguns abusos foram realizados com as vítimas sob efeito de drogas, incluindo medicamentos e substâncias canabinoides. A investigação também se concentra em possíveis práticas de aliciamento, onde o padre oferecia presentes e uma vida confortável para atrair suas vítimas. “Havia um aliciamento com presentes, dinheiro, viagens”, relatou Zanatta.
O caso do padre Genivaldo Oliveira dos Santos está gerando grande repercussão e preocupa a comunidade local, que aguarda desfechos que garantam a justiça e a proteção das vítimas.
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