Cascavel: Padre Genivaldo Oliveira e os Casos de Abuso
Cascavel: sete vítimas relatam abusos do padre Genivaldo Oliveira
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) confirmou que sete pessoas já relataram ter sido vítimas do padre Genivaldo Oliveira dos Santos, preso temporariamente sob suspeita de estupro de vulnerável em Cascavel, no oeste do estado. A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Segurança Pública, coronel Hudson Teixeira, e pela delegada responsável pelo caso, Thais Zanatta.
Inquérito sobre padre Genivaldo avança com novos depoimentos em Cascavel
“A princípio, já foram identificadas sete vítimas do padre que está preso. As vítimas foram ouvidas, e outros casos estão surgindo e sendo verificados”, afirmou Teixeira. Até o momento, cerca de 18 pessoas prestaram depoimento no inquérito que apura os crimes sexuais atribuídos ao religioso. Nos dias seguintes, seminaristas, familiares e pessoas ligadas à paróquia devem ser ouvidos pela polícia.
Genivaldo está detido desde o último domingo, 24 de agosto. A Justiça decretou a prisão temporária do padre após investigações que revelaram que ele tentou entrar em contato com possíveis vítimas, o que poderia comprometer o andamento do inquérito. A defesa do padre nega as acusações, afirmando que ele apenas enviou uma mensagem a uma testemunha solicitando ajuda, e que a prisão foi uma surpresa.
Arquidiocese de Cascavel se pronuncia sobre casos de abuso do padre Genivaldo
A delegada Thais Zanatta informou que a conclusão do inquérito é esperada para meados de setembro. A Arquidiocese de Cascavel manifestou profunda consternação com os acontecimentos e se comprometeu a colaborar integralmente com as autoridades. O padre Genivaldo foi afastado imediatamente de suas funções eclesiásticas.
Histórico de abusos do padre Genivaldo em Cascavel e perfil das vítimas
Os relatos de abuso remontam a 2009. Entre as vítimas identificadas, um homem que atualmente é padre denunciou ter sido abusado por Genivaldo enquanto era seminarista. Outro homem, de 33 anos, ex-dependente químico, revelou que foi dopado e violentado pelo padre, embora não consiga lembrar a data exata dos crimes. Um jovem de 27 anos, que atuava na mesma paróquia, relatou abusos ocorridos em 2019, enquanto uma vítima de 23 anos disse ter sido molestada em 2021.
Um adolescente de 16 anos também denunciou abuso enquanto prestava serviços na Igreja Católica em 2024, e uma sexta vítima, um jovem de 20 anos, relatou ter sido abusado há duas semanas na clínica terapêutica onde o padre trabalhava. O perfil da sétima vítima ainda não foi revelado.
Métodos de aliciamento do padre Genivaldo em casos de abuso sexual
A delegada Zanatta destacou que alguns dos abusos ocorreram em várias ocasiões, com as vítimas sendo dopadas ou conscientes. “Uma das vítimas relatou ter sido dopada com remédios, outra com maconha. Além disso, há indícios de que o padre utilizava métodos de aliciamento, como presentes e dinheiro, para atrair e ganhar a confiança de seus alvos”, explicou.
Em meio a esse cenário de violência e abuso, a sociedade aguarda por respostas e justiça.
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