Cascavel: Padre Genivaldo é preso por abuso sexual de sete vítimas
Polícia Civil do Paraná confirma sete vítimas de padre preso por abuso sexual
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) confirmou, nesta terça-feira, 28 de agosto de 2025, que sete pessoas relataram ter sido vítimas do padre Genivaldo Oliveira dos Santos, preso temporariamente em Cascavel. O religioso é suspeito de envolvimento em crimes de estupro de vulnerável. A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Segurança Pública, coronel Hudson Teixeira, e pela delegada Thais Zanatta, responsável pela investigação.
Investigações revelam novos depoimentos sobre os abusos
“A princípio, já foram identificadas sete vítimas do padre que está preso. As vítimas foram ouvidas e outros casos estão surgindo e sendo verificados”, afirmou o coronel Teixeira. Até o momento, aproximadamente 18 pessoas prestaram depoimento no inquérito que investiga os crimes sexuais atribuídos ao padre. Nos próximos dias, a polícia deverá ouvir seminaristas, familiares e outros indivíduos relacionados à paróquia onde Genivaldo atuava.
Motivos da prisão temporária e defesa do padre
Genivaldo está detido desde o último domingo, 24 de agosto, após a Justiça decretar sua prisão temporária. As investigações indicam que ele tentou entrar em contato com possíveis vítimas, o que poderia prejudicar o andamento do inquérito. A defesa do padre, representada pelo advogado Alessandro Rosseto, nega qualquer tentativa de interferência nas investigações. “A prisão temporária foi surpresa. O padre apenas enviou uma mensagem perguntando se poderia contar com a ajuda da pessoa, mas respeitou a decisão de quem preferiu não falar”, explicou Rosseto.
Arquidiocese de Cascavel se manifesta sobre o caso
A Arquidiocese de Cascavel expressou profunda consternação diante das denúncias e afirmou que colaborará integralmente com as autoridades. O padre denunciado foi imediatamente afastado de todas as suas funções eclesiásticas.
Histórico de abusos: relatos de vítimas desde 2009
Entre as vítimas já identificadas, os abusos datam de 2009. Um homem que atualmente é padre denunciou ter sido abusado por Genivaldo enquanto ainda era seminarista, apresentando uma carta de 2011 como prova de que o caso foi reportado aos superiores da Igreja. Outros relatos incluem um ex-dependente químico que afirmou ter sido dopado e violentado, além de um jovem de 23 anos que procurou o padre para se livrar da dependência e acabou sendo abusado.
Investigação sobre métodos de aliciamento e abusos
A delegada Thais Zanatta informou que algumas das vítimas relataram ter sido dopadas durante os abusos, utilizando substâncias que variam de remédios a canabinoides. “Estamos investigando se havia um aliciamento por parte do padre, que oferecia presentes e uma vida confortável para atrair as vítimas”, revelou a delegada, destacando que os abusos ocorreram em diferentes circunstâncias e com várias vítimas.
Prisão e busca de provas na residência do padre
Genivaldo foi preso na manhã do dia 24 de agosto, em Cascavel, por policiais do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), que também realizaram uma busca na residência do padre. A investigação sobre seus atos ilícitos teve início em junho de 2025.
Conclusão do inquérito está prevista para setembro
A delegada Thais Zanatta informou que a conclusão do inquérito está prevista para meados de setembro. O caso continua a ser acompanhado de perto pelas autoridades, com a expectativa de que mais vítimas possam se apresentar e relatar suas experiências. Para mais informações sobre o caso e as últimas atualizações, continue acompanhando a cobertura completa no g1 Oeste e Sudoeste.
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