Prisão Preventiva de Latrell Brito e Medidas Cautelares para Ex-Vereador em Ferraz de Vasconcelos
Na terça-feira, 16 de setembro de 2025, a Justiça de Ferraz de Vasconcelos, SP, determinou a prisão preventiva de Vagner Borges Dias, conhecido como Latrell Brito. Além dele, o ex-vereador Flavio Batista de Souza, também conhecido como “Inha”, recebeu uma série de medidas cautelares. Ambos são investigados por supostas fraudes no Pregão Eletrônico nº 53/2023 da Prefeitura local.
Acusações de Fraude em Licitações
A denúncia alega que os dois, juntamente com outros ex-servidores da prefeitura, formavam uma organização criminosa que simulava concorrência em processos licitatórios. A intenção seria obter vantagens financeiras ilícitas. O grupo inclui ainda Márcio Zeca da Silva e Antônio Carlos de Morais, que também tiveram mandados de prisão expedidos pelo juiz Fernando Awensztern Pavlovsky.
Ex-Servidores Exonerados e Restrições Impostas
Em janeiro de 2025, os ex-servidores envolvidos foram exonerados. Além das prisões, as medidas cautelares impostas a Inha e aos demais incluem a proibição de contato com outros investigados, comparecimento periódico ao juízo e a suspensão de funções públicas.
Contexto da Investigação: Operação Munditia
A investigação ganhou notoriedade após a Operação Munditia, que ocorreu em abril de 2024, liderada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Durante essa operação, Inha foi preso ao lado de outros ex-vereadores de São Paulo, ampliando as suspeitas sobre fraudes em licitações.
Histórico Criminal de Latrell Brito
Latrell Brito já possui um histórico criminal considerável. Em 30 de junho de 2025, ele foi condenado a 26 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro em cinco ocasiões. Sua captura ocorreu em 27 de janeiro de 2025, na Bahia, onde utilizava identidade falsa após ter se evadido da Justiça.
Apreensões e Conflitos com a Lei
Durante a Operação Munditia, foram realizadas buscas em um imóvel de Latrell em Mogi das Cruzes. No local, a polícia encontrou três pistolas e dezenas de munições. Esses armamentos estavam associados a Latrell, reforçando as acusações de suas ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Condenações e Imóveis Apreendidos
Além da longa pena de prisão, a Justiça determinou o confisco de imóveis adquiridos com recursos ilícitos. Apesar de o Ministério Público ter solicitado indenização por danos morais coletivos, o juiz não considerou haver comprovação de prejuízo direto à sociedade.
As investigações continuam, e o g1 aguarda respostas das defesas de Latrell, Inha, Márcio Zeca da Silva e Antônio Carlos de Morais sobre as acusações.
