Adulteração de Combustíveis: Riscos e Sonegação no Brasil
Adulteração de Etanol e Gasolina Começa no Porto de Paranaguá, Paraná
Uma investigação revelou que a adulteração de gasolina e etanol começa com a importação de produtos químicos, como nafta e metanol, através do Porto de Paranaguá, no Paraná. Embora oficialmente destinados à indústria química e à produção de biocombustíveis, esses produtos eram, na realidade, utilizados ilegalmente para adulterar combustíveis.
Em junho de 2025, fiscais da Agência Nacional do Petróleo (ANP) flagraram um caminhão-tanque carregado de metanol estacionado por três dias na zona leste da capital paulista. Antes de voltar a circular, a placa do caminhão foi trocada para simular que estava transportando etanol. Conforme a ANP, o caminhão descarregou em quatro postos de combustíveis na mesma noite, demonstrando a prática criminosa.
Metanol em Combustíveis: Riscos e Prejuízos aos Motoristas em São Paulo
Os impactos dessa adulteração são imediatos para os consumidores. Além de pagar por um produto que não é o que recebe, o metanol é altamente prejudicial aos motores dos veículos. “Metanol é um solvente químico extremamente tóxico e perigoso, com restrição de até 0,5% em combustíveis. No entanto, alguns postos em São Paulo apresentam até 90% de metanol”, alerta o promotor de Justiça, Yuri Fisberg.
Sonegação Fiscal em Postos de Combustíveis: R$ 54 bilhões em Jogo
A Receita Federal identificou cerca de 1.200 postos de combustíveis envolvidos, movimentando mais de R$ 54 bilhões, mas pagando apenas R$ 90 milhões em impostos. Esse cenário aponta indícios claros de sonegação fiscal. O grupo criminoso, identificado como Aster e Copape, transportava combustíveis com caminhões da G8 Log, uma empresa que, segundo investigações, não possui caminhões registrados em seu nome e opera com laranjas.
Mohamad Hussein Mourad: Líder do Esquema de Adulteração em SP
A força-tarefa revelou que a frota a serviço deste esquema ultrapassa mil caminhões. Mohamad Hussein Mourad, que se apresenta como dono da G8 Log, tem sido alvo de investigações do Ministério Público de São Paulo há mais de dez anos, sendo considerado o líder de um esquema que envolve sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis.
A situação, além de afetar diretamente os consumidores, levanta preocupações sérias sobre a saúde pública e o meio ambiente, exigindo uma resposta efetiva das autoridades competentes.
Deixe o seu comentário! Os comentários não serão disponibilizados publicamente