PF Investiga Vazamento em Operação Contra o PCC em Brasília
PF Investiga Possível Vazamento de Informações em Operação Contra o PCC
Na manhã desta quinta-feira, 28 de agosto de 2025, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, anunciou que a corporação irá investigar indícios de vazamento de informações durante uma megaoperação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). Em coletiva de imprensa, Rodrigues destacou a discrepância nas prisões: “Se houver indício de vazamento, vamos investigar. Apenas 6 dos 15 mandados de prisão foram cumpridos, o que não é uma estatística normal”, afirmou.
Baixa Efetividade nas Prisões Levanta Suspeitas em Brasília
O delegado responsável pela operação classificou o número de prisões como “totalmente atípico”. Dos 14 alvos com mandados de prisão preventiva, apenas seis foram detidos, enquanto a maioria, incluindo figuras-chave do esquema, conseguiu escapar. “É incomum que isso ocorra em nossas operações. Normalmente, prendemos a maioria dos alvos”, comentou um dos delegados envolvidos. Apesar da baixa efetividade nas prisões, a operação resultou em um significativo volume de material apreendido, que deverá aprofundar as investigações sobre lavagem de dinheiro, narcotráfico e corrupção no setor de combustíveis.
Identificação dos Alvos: Prisões Cumpridas e Não Cumpridas
Os detidos até o momento incluem: – João Chaves Melchior, ex-policial civil; – Ítalo Belon Neto; – Rafael Bronzatti Belon; – Gerson Lemes; – Thiago Augusto de Carvalho Ramos; – Rafael Renard Gineste. Por outro lado, entre os alvos que não foram encontrados, destacam-se: – Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “João”, “Primo” ou “Jumbo”, considerado o “epicentro” do esquema; – Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”; – Daniel Dias Lopes, “pessoa chave” na organização; – Miriam Favero Lopes, esposa de Daniel; – Felipe Renan Jacobs; – Renato Renard Gineste; – Rodrigo Renard Gineste; – Celso Leite Soares.
Integração e Sincronização das Ações entre Polícia e Ministério Público
Rodrigues também abordou um possível conflito entre a atuação da PF e do Ministério Público de São Paulo, esclarecendo que houve uma integração das operações. “Não há conflito. Trabalhamos em absoluta harmonia”, ressaltou o diretor-geral.
Operação Carbono Oculto: A Maior Ação Contra o Crime Organizado no Brasil
A operação, batizada de Carbono Oculto, envolveu cerca de 1.400 agentes da PF, Polícia Civil e Receita Federal, e abrangeu oito estados, incluindo São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Considerada a maior ação contra o crime organizado na história do Brasil, a operação visa desarticular um esquema que sonegou mais de R$ 7,6 bilhões em impostos. As investigações revelaram irregularidades na importação de produtos e na adulteração de combustíveis, afetando mais de 300 postos e causando um impacto significativo no setor. Estima-se que cerca de 30% dos postos em São Paulo estejam envolvidos nas fraudes, totalizando aproximadamente 2.500 estabelecimentos.
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