Investigação em Votorantim: Irregularidades Milionárias em Empresas
Empresas de Votorantim e os Lucros Milionários: Uma Investigação Reveladora
Uma recente investigação da TV TEM expôs que duas empresas, fornecedoras de serviços educacionais para a Prefeitura de Votorantim, enfrentam sérias suspeitas de irregularidades. As proprietárias, Nadyla Torres de Almeida e Camila Souza Costa, apresentam um estilo de vida que contrasta drasticamente com os lucros milionários obtidos por meio de contratos com o governo municipal.
Contratos Suspeitos e Divergências nos Dados Cadastrais
O Procurador de Justiça consultado pela TV TEM alerta que inconsistências nos cadastros das proprietárias podem sugerir o uso de “laranjas” para ocultar a verdadeira gestão das empresas. A CB News, responsável por um contrato de R$ 7,6 milhões para fornecer uniformes escolares, teve seu acordo suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) devido a indícios de irregularidades.
Endereços Divergentes e Vínculos entre Proprietárias
A reportagem revelou que o endereço residencial de Nadyla, conforme registrado na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), não corresponde ao local onde ela realmente reside. O mesmo se aplica a Camila, que, apesar de ter registrado um imóvel desocupado em São Paulo como seu endereço, vive em Diadema. As duas mulheres, embora afirmem não se conhecer, estão ligadas por negócios que envolvem milhões de reais.
Vida Pessoal vs. Faturamento Empresarial
Enquanto Nadyla não se apresenta como empresária em suas redes sociais e ostenta um estilo de vida simples, sua empresa, a CB News, acumula mais de 60 contratos com prefeituras desde 2021, totalizando mais de R$ 90 milhões. Camila, que anteriormente dirigiu a CB News, atualmente opera a Global Atacadista, com um contrato de R$ 3,4 milhões com a Prefeitura de Votorantim para o fornecimento de alimentos.
Benefícios e Contradições
Curiosamente, mesmo com o faturamento elevado de suas empresas, Camila ainda recebe R$ 750 mensais do programa Bolsa Família, totalizando quase R$ 13 mil. Em entrevista, ela negou receber o benefício atualmente e afirmou que nunca foi beneficiária.
Respostas das Proprietárias e da Prefeitura
Ambas as empresárias foram contatadas pela TV TEM para esclarecer as discrepâncias em seus dados, mas suas respostas foram evasivas. A Prefeitura de Votorantim, por sua vez, afirmou que não tem conhecimento de irregularidades e que os contratos são firmados com base em documentações regulares.
O Chamado à Investigação
O procurador Roberto Livianu enfatiza a urgência de investigar as relações entre as empresas e as autoridades municipais, considerando que a discrepância entre os ganhos das empresas e as condições de vida de seus supostos proprietários é um sinal claro de que algo está errado. Ele recomenda que as famílias afetadas pelos problemas nos uniformes escolares denunciem as irregularidades à Promotoria do Patrimônio Público.
Com as famílias da rede municipal de Votorantim enfrentando uniformes de baixa qualidade e defeitos, a necessidade de uma investigação mais profunda se torna cada vez mais evidente.
Saiba mais sobre o tema acessando o portal g1 Sorocaba e Jundiaí.
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