Cárcere privado em Aparecida de Goiânia: resgate inusitado
Cárcere privado em Aparecida de Goiânia: mulher pede ajuda inusitada
Na noite de quarta-feira, 27 de agosto de 2025, uma mulher de 43 anos em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital goiana, fez um pedido inusitado aos policiais: que simulassem uma entrega de pizza. A solicitação veio à tona enquanto ela denunciava seu marido, de 51 anos, por mantê-la em cárcere privado, além de agredi-la e ameaçá-la de morte.
Estratégia policial em Goiás: simulação de entrega de pizza salva vítima
O major Iuri Teixeira Brito, da Polícia Militar, relatou que a simulação foi uma estratégia para evitar que a mulher se tornasse refém. Em entrevista à TV Anhanguera, a mulher comentou sobre o receio que sentia. “Ele podia me fazer refém, podia me matar, podia me fazer alguma coisa,” afirmou.
Os policiais, ao chegarem ao local, perceberam o estado de nervosismo da mulher. O tenente Felipe Mendes, também da Polícia Militar, explicou que, ao se aproximarem da residência, a comunicação foi feita de forma discreta: “Pizza para a senhora [nome da mulher].” Com isso, a vítima teve a oportunidade de abrir a porta sem que o suspeito suspeitasse.
Polícia de Aparecida de Goiânia investiga e prende suspeito de cárcere
A situação se complicou ainda mais após a vítima informar a uma amiga, que é advogada, sobre o cárcere privado. A advogada acionou a polícia, resultando na operação de resgate. Durante a abordagem, o suspeito negou as acusações, mas os policiais encontraram uma arma de fogo no guarda-roupa, sem que ele apresentasse a documentação necessária para sua posse.
A delegada Amanda Fernandes de Alvarenga, responsável pelo caso, informou que a situação ainda não havia sido encaminhada para a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam). Após a prisão em flagrante, a detenção do homem foi convertida em preventiva na tarde de quinta-feira, 28 de agosto.
Defensoria Pública de Goiás garante defesa em caso de violência doméstica
A Defensoria Pública do Estado de Goiás emitiu uma nota afirmando que atuou durante a audiência de custódia do investigado, cumprindo seu dever legal de garantir a defesa de quem não pode contratar um advogado particular. A instituição também ressaltou que, após a audiência, o processo criminal será iniciado e o acusado terá a oportunidade de constituir defesa.
Violência doméstica em Goiás: desafios e necessidade de proteção às vítimas
Este caso levanta questões importantes sobre a violência doméstica e a necessidade de mecanismos eficazes de denúncia e proteção às vítimas. A situação vivenciada pela mulher em Aparecida de Goiânia é um lembrete sombrio dos desafios enfrentados por muitas mulheres em situações semelhantes.
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