Operação Carbono Oculto: Combate ao PCC e Fraudes em SP
Operação Carbono Oculto: O combate do governo de SP ao crime organizado
Na última quinta-feira, 28 de agosto de 2025, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lançou a Operação Carbono Oculto durante a entrega de 498 apartamentos no residencial Flórida, em Matão, SP. A operação se propõe a desarticular um esquema bilionário do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis, considerado o maior esforço do Brasil contra o crime organizado.
Objetivos da Megaoperação em Matão e outras localidades
A megaoperação visa combater a lavagem de dinheiro associada ao tráfico internacional de drogas e a fraude fiscal no setor de combustíveis. Em entrevista à EPTV, Tarcísio afirmou que a operação é uma resposta do Estado ao crescente envolvimento do crime organizado nesse ramo. “Desde 2023, nosso setor de inteligência vem mapeando essas atividades ilícitas”, destacou o governador.
Fraudes fiscais e brechas no sistema tributário
Tarcísio ressaltou que o Brasil enfrenta diversas “brechas” que facilitam a atuação do crime organizado, especialmente por meio de regimes tributários especiais que, muitas vezes, são usados para facilitar fraudes. “Estamos lidando com grandes devedores de ICMS no setor de combustíveis”, afirmou, referindo-se a uma realidade que afeta a economia e a segurança fiscal do Estado.
Estratégias da operação e atuação do PCC
A Operação Carbono Oculto é a junção de três ações e se estende por São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A força-tarefa nacional envolve cerca de 1.400 agentes, que realizam mandados de busca e apreensão em oito estados. As autoridades estimam que o esquema criminoso tenha sonegado mais de R$ 7,6 bilhões em impostos.
Impacto das fraudes no setor de combustíveis
Com mais de 300 postos de combustíveis envolvidos, o esquema tem afetado não apenas os consumidores, que enfrentam preços inflacionados, mas toda a cadeia econômica relacionada. O PCC também está implicado na importação irregular de produtos químicos, como o metanol, que são utilizados para adulterar combustíveis.
Consequências para os proprietários de postos de combustíveis
Proprietários que venderam seus estabelecimentos para a rede criminosa relatam ameaças de morte e não receberam os pagamentos pelas transações. “Os produtos e os lucros das infrações foram ocultados em uma complexa rede de empresas e fundos de investimento”, explicaram os membros do Ministério Público de São Paulo. A Operação Carbono Oculto representa um esforço significativo do governo paulista para enfrentar a criminalidade organizada e proteger a economia do estado, garantindo um mercado de combustíveis mais justo e seguro para todos os cidadãos.
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