Incêndio Devasta Comunidade Caminho São Sebastião em Santos, SP

Na tarde desta quinta-feira, 28 de agosto de 2025, um incêndio devastador atingiu a comunidade Caminho São Sebastião, localizada no bairro Rádio Clube, em Santos, litoral de São Paulo. Este é o segundo incidente em menos de um mês na maior favela sobre palafitas do Brasil, com mais de 50 moradias destruídas e três pessoas feridas, conforme informações do Corpo de Bombeiros.

Como o Incêndio Aconteceu e O Resgate na Comunidade

O fogo teve início por volta das 13h40 e rapidamente se espalhou pela comunidade, que faz parte do complexo do Dique da Vila Gilda. O combate às chamas foi concluído aproximadamente às 15h, mas as equipes de emergência permaneceram no local para resfriamento e rescaldo. Para o atendimento, foram mobilizadas 15 viaturas e 49 profissionais.

Além do Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil de Santos, ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), médicos de policlínicas locais, e agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) estavam presentes para oferecer suporte.

Feridos e Atendimento Médico

Três pessoas foram atendidas devido ao incêndio. Um homem de 30 anos sofreu ferimentos ao ser atingido por uma telha que despencou e inalou fumaça, sendo encaminhado à Santa Casa de Santos. Duas mulheres também foram socorridas pelo Samu após inalação de fumaça e levadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Noroeste. O estado de saúde das vítimas ainda não foi divulgado.

Apoio Humanitário e Reação do Governo

A Defesa Civil do Estado de São Paulo está monitorando a situação e organizando ajuda humanitária para os moradores afetados, que será encaminhada ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). O prefeito de Santos, Rogério Santos, entrou em contato com o governador Tarcísio de Freitas, que se comprometeu a enviar apoio imediato, incluindo caminhões da Defesa Civil e assistência social.

Histórico de Incêndios na Comunidade e Riscos das Palafitas

Este incêndio ocorre apenas três semanas após outro incidente grave, em 1° de agosto, quando cerca de 100 moradias foram destruídas, resultando em uma morte. As dificuldades de acesso à comunidade, somadas à estrutura precária das palafitas, aumentam a vulnerabilidade dos moradores a incêndios e inundações.

As palafitas, construídas sobre estacas de madeira, enfrentam riscos constantes, como a instabilidade provocada pelas marés e a facilidade de propagação de chamas. Segundo o censo do IBGE de 2022, aproximadamente 3,5 mil famílias residem no Dique da Vila Gilda.

A comunidade continua a lutar contra os desafios que os incêndios e as condições de moradia precárias impõem, enquanto as autoridades buscam soluções e apoio para os afetados.