Filhote de gato-do-mato-pequeno resgatado em São Roque após incêndio
Filhote de gato-do-mato-pequeno é resgatado em São Roque após incêndio
Na quarta-feira, 27 de agosto de 2025, um filhote de gato-do-mato-pequeno foi resgatado em São Roque, SP, após ser encontrado por um caseiro em um sítio atingido por um incêndio florestal. O animal apresentava queimaduras na cauda, estava chamuscado e desidratado, sendo o quarto resgate de animal afetado por incêndios no estado neste ano.
Resgate e primeiros cuidados veterinários em São Roque
O filhote foi localizado próximo à Rodovia Raposo Tavares (SP-270) e encaminhado ao Cras Núcleo da Floresta, em São Roque, onde recebeu atendimento veterinário inicial. Segundo Rafael Mana, biólogo e diretor do Cras, o filhote está respondendo bem ao tratamento. “Ele está bastante ativo e se alimentando bem. Acredito que a fase crítica já está quase superada”, afirmou.
Reabilitação e futuro do filhote de gato-do-mato-pequeno
Apesar dos bons sinais, Mana alertou que ainda é cedo para afirmar se o animal poderá retornar à natureza. “Primeiro precisamos garantir sua saúde e desenvolvimento adequado. Depois, iniciaremos o processo de reabilitação e, dependendo dos resultados, avaliaremos a possibilidade de reintrodução”, explicou o biólogo.
Características do gato-do-mato-pequeno e sua situação de conservação
O gato-do-mato-pequeno (Leopardus guttulus), também conhecido como gato-do-mato-do-sul, é um felino selvagem de pequeno porte, encontrado principalmente na Mata Atlântica. Considerado o menor felino do Brasil, pesa entre 1 kg e 3 kg e é classificado como vulnerável pela IUCN, devido à perda de habitat. Este animal noturno e arborícola se alimenta de pequenos mamíferos e aves, preferindo áreas de floresta densa.
Aumento dos resgates de animais em incêndios florestais em 2025
As autoridades estão preocupadas com o aumento no número de resgates de animais vítimas de incêndios florestais em 2025. O primeiro caso do ano ocorreu em 22 de agosto, quando uma anta adulta foi encontrada com queimaduras graves em 70% do corpo. O animal, que perdeu a visão e teve a orelha comprometida, está sob cuidados intensivos na Associação Protetora de Animais Silvestres (Apass), em Assis, SP.
Além da anta, um ouriço-cacheiro resgatado pela Associação Mata Ciliar em Jundiaí também está recebendo cuidados, enquanto um teiú não sobreviveu aos ferimentos. A situação dos animais selvagens em áreas afetadas por incêndios florestais continua a ser uma preocupação crescente para as autoridades e organizações de proteção animal.
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