Exoneração de Jorge Magno Alves e Nova Gestão no Conjunto Penal de Eunápolis
Exoneração de Jorge Magno Alves do Conjunto Penal de Eunápolis, BA
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), anunciou a exoneração de Jorge Magno Alves do cargo de diretor do Conjunto Penal de Eunápolis, localizado no extremo sul do estado. A decisão foi formalizada no Diário Oficial do Estado na quinta-feira, 28 de agosto de 2025. Fabrizio Gama e Narici foi nomeado como seu sucessor, enquanto Sergio Vinicius Tanure dos Santos ocupará o cargo de diretor-adjunto, substituindo Jefferson Oliveira Perfentino da Cruz.
Contexto do atentado e fuga de detentos
Jorge Magno assumiu a direção do complexo penal após a fuga de 16 detentos em dezembro de 2024, um episódio que levantou sérias suspeitas sobre a administração anterior. A ex-diretora, Joneuma Silva Neres, foi investigada por suposto envolvimento com facções criminosas e por facilitar a fuga dos internos. Durante sua gestão, que durou nove meses, a unidade penal se tornou um foco de controvérsias e alegações de corrupção.
Atentado contra Jorge Magno e seu impacto na segurança
Em 21 de maio de 2025, Jorge Magno foi alvo de um atentado nas proximidades do presídio. O ataque resultou em ferimentos graves em um motorista terceirizado, que estava no veículo utilizado normalmente pelo ex-diretor. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) informou que o motorista, funcionário da empresa Reviver, foi socorrido e passou por cirurgia, mas sobreviveu.
Investigações e prisões relacionadas ao atentado
No dia 4 de agosto de 2025, a polícia prendeu Romildo Ramos de Moraes, um dos suspeitos de envolvimento no atentado. Ele já tinha conexões com a fuga de detentos no ano anterior e estava sob investigação por crimes relacionados a organizações criminosas. A polícia também prendeu outro homem em Itapebi, que possuía mandados de prisão em aberto.
Fuga de detentos e a resposta das autoridades
A fuga de 16 presos em dezembro de 2024 ocorreu quando um grupo armado invadiu o Conjunto Penal e trocou tiros com os seguranças. O evento foi considerado sem precedentes na Bahia e levou a Seap a intervir na unidade por 30 dias. Desde então, um dos fugitivos foi morto em confronto com a polícia, enquanto outros continuam foragidos.
Identidade dos fugitivos e envolvimento com facções
Entre os detentos que fugiram, destacam-se membros da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), que mantém relações com o Comando Vermelho (CV). A lista de fugitivos inclui líderes e sublíderes da facção, evidenciando a gravidade da situação na unidade penal.
Desdobramentos e futuro do Conjunto Penal de Eunápolis
A nova gestão sob Fabrizio Gama e Narici terá como desafio restaurar a segurança e a ordem na unidade penal, em um momento marcado por intensas investigações e a necessidade de recuperar a confiança da população. A Seap segue monitorando a situação e promete ações efetivas para combater o crime organizado dentro e fora do sistema prisional. Para mais atualizações e informações sobre a Bahia, acompanhe as notícias no g1 Bahia.
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