Tragédia na Serra: Menina de 6 anos morta em ataque de facções rivais

A tragédia envolvendo a menina Alice Rodrigues, de apenas 6 anos, chocou a cidade da Serra, na Grande Vitória, Espírito Santo. Um vídeo que circula nas redes sociais revela a fuga dos traficantes responsáveis pelo ataque que resultou na morte da criança no último domingo, 24 de agosto de 2025. O incidente ocorreu quando a família de Alice voltava da praia e teve seu carro atingido por vários disparos.

Menina de 6 anos é morta em ataque de facções rivais no Espírito Santo

Alice Rodrigues foi vítima de um erro trágico; seu carro foi confundido com o de um traficante rival. Segundo o delegado chefe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, Rodrigo Sandi Mori, os criminosos, pertencentes ao Primeiro Comando de Vitória (PCV), tinham como alvo um membro do Terceiro Comando Puro (TCP).

“Eles passaram pelo bairro Balneário de Carapebus em busca de um alvo específico, mas, ao não encontrá-lo, confundiram o carro da família de Alice com o veículo do traficante que pretendiam executar”, explicou o delegado. A confusão resultou em um tiroteio, deixando os pais de Alice, que estavam com ela, feridos. A mãe, que está grávida, levou um tiro de raspão.

Prisões e investigações em andamento após crime brutal

Seis pessoas foram presas em conexão com o ataque. Os primeiros detidos foram Pedro Henrique dos Santos Neves e Izaque de Oliveira Moreira, que confessaram seu envolvimento. Pedro revelou detalhes sobre a participação de outros indivíduos na operação.

As investigações apontam que três intermediários, identificados como Marlon Furtado Castro, Marina de Paula dos Santos e Maik Rodrigues Furtado, também foram presos. Marina, uma advogada, é acusada de colaborar diretamente com a facção criminosa, inclusive guardando armas e transmitindo ordens de dentro do sistema prisional.

Mandantes do crime estão foragidos e sob investigação

Três mandantes do ataque, Sérgio Raimundo Soares da Silva Filho, Carlos Alberto dos Santos Gonçalves Júnior e Ryan Alves Cardoso, estão foragidos e com mandados de prisão abertos. Eles são considerados perigosos e, segundo a polícia, fugiram para o Rio de Janeiro após o crime.

“O alvo era um gerenciador do TCP no bairro, que acreditavam estar presente em um festival local. O PCV já domina várias regiões da Serra, mas o bairro Balneário de Carapebus ainda é controlado pelo TCP”, comentou o delegado.

Criminosos enfrentam sérias acusações

Os seis presos foram indiciados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio, além de porte ilegal de armas. A polícia acredita que até 12 pessoas podem estar envolvidas no ataque. A busca pelos foragidos continua, com a promessa de que a Justiça não descansará até que todos os responsáveis sejam capturados.

A morte de Alice não é apenas uma tragédia pessoal, mas um lembrete sombrio da violência que permeia o tráfico de drogas em regiões como a Serra, no Espírito Santo.